Evento destaca cooperação internacional, acolhimento e interiorização da ciência em Goiás

Na quarta-feira (23), o Instituto Federal Goiano (IF Goiano) promoveu o 1º Encontro de Estudantes Estrangeiros da Pós-Graduação, reunindo mestrandos e doutorandos oriundos de Moçambique, Haiti, Etiópia, Nigéria, Burundi, Afeganistão e Malawi. Participaram estudantes aprovados tanto por processos seletivos regulares quanto por meio do Programa GCUB de Mobilidade Internacional (GCUB-Mob), iniciativa que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

Pelo edital complementar da 32ª chamada pública da Fapeg, quatro estudantes foram contemplados com o auxílio-instalação, destinado a estrangeiros aprovados no GCUB-Mob (Edital nº 001/2024). A ação reforça as redes internacionais de cooperação entre instituições goianas de ensino e pesquisa e universidades de diversos países, promovendo a internacionalização da ciência.

O investimento de US$ 24 mil foi direcionado a estudantes em situação de vulnerabilidade, priorizando candidatas do gênero feminino e de países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A medida reafirma o compromisso da Fapeg com a inclusão social e a promoção de oportunidades equitativas no ambiente científico.

“É uma forma de aliar internacionalização e responsabilidade social, rompendo com a lógica de atrair apenas pesquisadores de países já consolidados. Quando olhamos para realidades como América Latina e África, enriquecemos o processo com experiências recíprocas e transformadoras”, afirmou Gabriel de Paula, gerente de Parcerias Internacionais da Fapeg.

A diretora-executiva do GCUB, Rossana Valéria, destacou que o programa tem como missão democratizar o acesso à pós-graduação no Brasil. Segundo ela, esta edição do GCUB-Mob — a terceira desde o lançamento — oferece mais de 882 bolsas de mestrado e doutorado, distribuídas entre 58 instituições brasileiras, com início dos cursos previsto para o primeiro semestre de 2025. O IF Goiano é o primeiro Instituto Federal a aderir à iniciativa.

O diretor científico da Fapeg, Claudio Leles, ressaltou a importância da interiorização da pesquisa, especialmente em cidades como Morrinhos e Rio Verde. Ele definiu o fenômeno como “internacionalização da interiorização”, ao defender a valorização da troca acadêmica global em regiões fora dos grandes centros urbanos.

A estudante de mestrado em Olericultura, no campus Morrinhos, a nigeriana Busayo Hellen, destaca que tem gostado de toda experiência no Brasil desde que chegou aqui. Ela permanecerá no estado por dois anos para concluir o Mestrado.

Para o reitor do IF Goiano, Elias de Pádua, o intercâmbio entre diferentes culturas amplia horizontes e fortalece o papel da educação como ferramenta de transformação. “A diversidade torna nossa instituição mais viva e plural. Que esta estada de vocês no Brasil seja uma experiência pessoal e academicamente enriquecedora”, declarou.

Fonte: Comunicação Setorial da Fapeg com informações do IF Goiano
Fotos: Fapeg