Raquel destaca importância da mulher em palestra no Hugol

Dando sequência às atividades em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia 8 de março, a secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, ministrou nesta sexta-feira, 10/3, a palestra “Mulheres Brilhantes” no auditório do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Participaram mais de 200 colaboradores da unidade de saúde.

Autor do convite, o diretor-geral do Hugol, Hélio Ponciano, agradeceu a presença da secretária, a quem atribuiu o protagonismo de um importante marco. “Hoje é a segunda vez que vejo esse auditório cheio. A primeira foi na inauguração do hospital”, destacou.

Durante a palestra, Raquel fez um breve resgate histórico da luta feminina por seu espaço. Citou desde o primeiro registro de uma imagem feminina – a estatueta chamada Vênus de Willendorf que foi encontrada na Áustria há 25 mil anos -, passando pelo papel de Eva e outros importantes personagens, até os dias atuais. “Aquela estatueta não tinha rosto. A barriga e os seios são destacados, representando a mulher enquanto reprodutora. Mas isso está mudando”, disse.

A secretária fez um recorte de dados do Ministério da Saúde e do Mapa da Violência para lembrar que, apesar dos avanços conquistados nas últimas décadas, ainda há muito a ser conquistado. “No Brasil 13 mulheres são assassinadas por dia e a cada cinco minutos uma mulher é agredida”, lamentou.

Raquel considerou que a maior diferença de gênero que a incomoda diz respeito à plenitude intelectual. “Tem 115 anos que o Prêmio Nobel destaca pessoas em diferentes áreas. Ao longo desse período, 881 pessoas foram contempladas, somente 48 mulheres. Dessas, 42 são majoritariamente nas área envolvendo a literatura, a promoção da paz. Somente seis foram reconhecidas por trabalhos na Física ou Química, por exemplo”, disse.

“Acho que a gente tem que falar mais dessas mulheres. Marie Curie é um ponto fora da curva. Ela é a única pessoa que foi premiada duas vezes no Nobel, um de Física e um de Química. É um exemplo de mulher. Temos que estimular as meninas a pensarem que elas podem ser o que quiserem e que elas têm condição de alcançar os seus objetivos”, completou Raquel.

A titular da Seduce, que inclusive já foi deputada federal, ainda defendeu a importância da mulher ocupar espaços predominantemente masculinos. “Quem aqui acredita que haveria Lei Maria da Penha se não tivesse mulher no parlamento?”, destacou.

“Quero deixar uma reflexão. Daqui pra frente, como podemos trabalhar para construir uma sociedade justa, igualitária, generosa, cuidadosa, respeitosa e, acima de tudo, igual? Sociedade em que homens e mulheres exerçam igualmente seus direitos de alcançar a plenitude como seres humanos”, finalizou a secretária.

Homenagem

Depois da palestra, a secretária, o diretor do Hugol e outros colaboradores percorreram os corredores do hospital até a UTI pediátrica, onde está fixada uma placa com o nome doutor Clóvis Figueiredo, pai de Raquel. A placa, que será transferida para a UTI de cardiologia, é uma homenagem ao médico pioneiro na área em Goiás.

“Papai foi o primeiro cardiologista em Goiás. Ter uma UTI no Hugol com nome dele é uma alegria muito grande para mim e para toda a família. Hoje tive oportunidade de visitar a UTI e fazer uma foto junto a essa homenagem. Com muito orgulho vou compartilhar com toda a família. Meu sincero agradecimento ao Hugol”, disse a professora.

Entre os seus vários feitos, Clóvis Figueiredo foi médico da Polícia Militar de Goiás, dirigiu a Inspetoria Seccional de Educação, órgão vinculado ao Ministério da Educação, e foi um dos fundadores da Academia Goiana de Medicina.

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