Luto: Para Seduce, Joaquim Jayme deixa imenso legado

Maestro “afinado com a vida” morreu na noite desta segunda-feira, 15/5

 

A Secretaria de Educação, Cultura e Esporte do Estado de Goiás (Seduce) lamenta profundamente a morte do maestro Joaquim Jayme, organizador e titular da Orquestra Sinfônica de Goiânia, na noite desta segunda-feira, 15/5, no Centro de Recuperação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). Joaquim contribuiu com o engrandecimento da cultura do povo goiano.

O maestro teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no ano passado e, desde então, sofria com complicações de saúde. A direção da Orquestra Sinfônica de Goiânia informou que o velório de Joaquim está sendo realizado desde as 9h desta terça-feira, 16/5, na sala 06 do cemitério Jardim das Palmeiras. O enterro ainda não tem horário previsto, mas será realizado no cemitério Santana.

Joaquim Jayme

Autor de várias obras para piano, canto e piano, orquestra de cordas, sinfônica, dezenas de arranjos para coro e quase uma centena de canções populares e líricas com textos de poetas brasileiros e estrangeiros, o maestro foi um dos músicos mais importantes do nosso cenário. Ele deixa um imenso legado, tendo sido um dos fundadores da Orquestra Filarmônica de Goiás (Seduce), que deu sequência à Orquestra Sinfônica do Estado, criada pelo maestro Braz Wilson Pompeu de Pina Filho. Ele ainda foi diretor e um dos precursores da escola de música do Instituto de Educação em Artes Professor Gustav Ritter, também unidade da Seduce.

“Joaquim Jayme, além de tudo, era de uma imensa sensibilidade musical”, lembrou a secretária Raquel Teixeira. O superintendente executivo de Cultura da Seduce, Nasr Chaul, citou que a antiga Agência de Cultura Pedro Ludovico (Agepel) pôde realizar uma obra-prima de Jayme e Guilherme Vaz, ‘Sinfonia das Águas Goianas’, e depois o livro com as partituras. “Era um maestro afinado com a vida”, ressaltou Chaul.

Biografia

O Maestro Joaquim Jayme nasceu em 1941, estudou piano em Goiânia com a professora e musicista Belkiss Spenciére Carneiro de Mendonça, considerada uma das maiores da arte em Goiás. Foi bolsista dos Seminários Internacionais de Música dos anos de 1958 a 1960 promovidos pela Universidade da Bahia e também dos cursos regulares dos Seminários Livres de Música da UFBA de 1959 a 1962, onde estudou piano (Sebastian Benda e Pierre Lose), regência (Koellreuter) e composição (Koellreuter e Miklós Kokrom).

Cursou pós-graduação no Departamento de Música da UnB, sob orientação do Maestro e Compositor Cláudio Santoro, estudando análise e fuga, regência orquestral, instrumentação e orquestração. Fez mestrado em musicologia pela Universidade de Rostock, da Alemanha.

Ele foi professor do Departamento de Música da UnB, regente do Coral da UnB e assistente de sua Orquestra de Câmara. Professor titular e co-organizador da Fundação das Artes de São Caetano do Sul e regente de sua orquestra de cordas, Miscâmara. Professor titular e diretor da Escola Superior de Música da Universidade de Concepción, Chile. Foi também professor, por cinco anos, da Universidade de Rostock, Alemanha. Redator musical, inspetor chefe e maestro assistente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília. Professor assistente do Instituto de Artes da UFG e regente do coral da UFG. Professor adjunto da UnB, fundador e regente titular do Coral do Estado de Goiás.

Em 1993, a convite da prefeitura, organizou a Orquestra Sinfônica de Goiânia, da qual foi titular e diretor artístico e foi também secretário da Cultura, Esporte e Turismo de Goiânia.

 

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