A caixa mágica de Bariani Ortencio
Escritor lança nesta quarta-feira, 15/03, no Palácio das Esmeraldas, coletânea inédita com quatro obras
O escritor Bariani Ortêncio lança nesta quarta-feira, 15/03, às 19h, no Palácio das Esmeraldas, uma coletânea inédita com quatro obras. O projeto tem o apoio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, mecanismo de fomento do governo de Goiás gerido pela Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), e recebe o Selo Trampolim, da Editora Pagore.
Dos quatro livros que compõem a coletânea, três inéditos. A obra Chão Bruto (no sertão e na cidade), com prefácio de Ursulino Leão, traz relatos ficcionais que mesclam realidade e fantasia, vivência e imaginação. A segunda obra da coletânea é O crime do mordomo e outros crimes…de humor, que traz prefácio de Anatole Ramos e aposta em um texto simples e bem-humorado.
Conversando com os mitos do folclore brasileiro é ilustrado por Maria Júlia Franco e voltado para o público infanto-juvenil. Na obra, Bariani brinca com o folclore e a tecnologia dos dias de hoje, transmitindo os diálogos de dois jovens técnicos em informática que conseguem conversar ao vivo com os principais mitos do folclore nacional através de um aparelho que eles inventaram.
A última obra da coletânea é Ficção longa de Bariani Ortencio. Organizada pelo professor antropólogo da UFG Jadir de Morais Pessoa e pela mestra Izabel Signoreli, o livro traz três novelas já publicadas do autor: O Peixe quebra anzol, Em busca da Orelha e Vão dos Angicos. A caixa com os quatro exemplares estará à venda por R$ 100 no evento de lançamento e também no Instituto Cultural e Educacional Bariani Ortencio (Icebo), localizado na Rua 82, nº 565.
Bariani Ortêncio, 93 anos de goianidade
Paulista de Igarapava, Bariani Ortêncio veio ao mundo em 1923 e, 15 anos depois, mudou-se para Goiânia. Radicado em Goiás, o escritor tornou-se um dos maiores expoentes da literatura goiana. O estado passou a ser não só seu lar, mas também sua inspiração. O cerrado brasileiro, o folclore, a vida e os trejeitos tradicionais, o desbravamento do estado de Goiás pelos bandeirantes, os interiores e arredores do Centro-Oeste, as clássicas receitas das vovós, a culinária e outros temas regionais ganharam o mundo nos contos, crônicas e poesias do escritor Bariani Ortencio.
Sempre apegado ao modo simples de escrever, Bariani é regionalista, mas não se contém a apenas um estilo. Sua obra é vasta e começou a ganhar notoriedade com “Sertão sem fim”. O livro, de 1965, reúne 12 contos sobre homens rudes que formavam sua vida no interior sertanejo, em terras do Centro-Oeste.
Sobre seu interesse pelo Centro-Oeste, o autor diz acreditar nas peculiaridades de cada estado. “Dizem que o goiano é um mineiro cansado e que Goiás é uma extensão de Minas Gerais. Mas o pão de queijo é mineiro, enquanto o biscoito de queijo é goiano. Somos parecidos. E hoje a capital de Goiás é um dos principais polos do país. Temos uma cultura vasta, enorme”, conta Bariani.
A versatilidade marca a carreira de Bariani, que além de escritor atuou ainda como jogador de futebol, comerciante, professor de matemática, compositor. Bariani é responsável pela letra do hino de fundação da capital brasileira, “Brasília, 21 de abril”, e de mais de 70 músicas regravadas por artistas brasileiros. Em sua homenagem, há ainda uma fundação privada de Goiânia, fundada em 2012. O Instituto Cultural e Educacional Bariani Ortêncio conta com o maior acervo de livros da região.
Em seus 93 anos de vida, Bariani Ortêncio publicou mais de 50 livros, foi vencedor de inúmeras premiações pelo Brasil afora e seus poemas foram inspiração para mais de 70 composições musicais, sempre carregando o centro-oeste e seu povo em suas palavras, versos e estrofes.
Serviço
Lançamento da Coletânea Bariani Ortêncio.
Dia 15 de março (quarta-feira), a partir das 19h.
Local: Palácio das Esmeraldas (Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central), Salão Dona Gercina.
Valor da caixa com quatro livros: R$ 100
Mais informações no telefone (62) 3223-0330.
Goiânia, 13 de março de 2017.
Comunicação Setorial da Seduce