Ação conjunta da Economia e DOT apura desvio de computadores do patrimônio público
Cerca de 100 computadores e monitores foram revendidos abaixo do preço de mercado por receptadores. Levantamento inicial mostra que prejuízo ultrapassa R$ 200 mil
A Secretaria de Estado da Economia identificou, em abril deste ano, indícios de desvio de computadores de seu patrimônio. Assim que constatou as irregularidades, afastou os terceirizados envolvidos e acionou a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), que deflagrou na madrugada desta terça-feira (2/12) a Operação Parasita. Levantamento preliminar aponta prejuízo superior a R$ 200 mil.
O chefe de gabinete da Secretaria, João Paulo Marra, explica que a área técnica havia adquirido equipamentos para distribuição às unidades fazendárias quando surgiram inconsistências no inventário. “Identificamos divergências no controle patrimonial e recebemos denúncia de que um terceirizado havia saído da Secretaria com caixas de equipamentos”, afirmou. “Entre janeiro e abril de 2025, mais de 12 ocorrências foram registradas pelas câmeras de segurança”, acrescentou.
A operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Minas Gerais, Brasília e Tocantins. Foram presas nove pessoas, sendo uma prisão preventiva, sete temporárias e uma em flagrante por receptação. Em Minas Gerais foi executada a prisão preventiva do principal ator desse esquema. Foram recuperados 22 equipamentos que serão periciados e restituídos à Secretaria da Economia. “A secretaria reforça que não compactua com qualquer tipo de irregularidade e seguirá adotando todas as medidas administrativas e legais cabíveis”, reforça João Paulo.
Investigação policial
A Polícia Civil, por meio da DOT, instaurou inquérito para apurar os crimes de peculato, subtração e desvio de bens. “Identificamos uma rede de receptadores, um esquema estruturado para subtrair computadores e monitores”, destaca o delegado-adjunto da DOT, Bruno Costa. “Entre os receptadores identificados, há o proprietário de uma loja de informática e outros três empresários que compravam os equipamentos para uso próprio e também para revenda, por valores muito abaixo dos praticados no mercado.”
Penas
Os suspeitos podem responder por associação criminosa, peculato e receptação, cujas penas combinadas podem variar de 7 a 15 anos de reclusão. A investigação prossegue e será aprofundada pela Polícia Civil.
Secretaria da Economia – Governo de Goiás


