Comitê Estadual discute medidas para prevenir e combater a brucelose e a tuberculose em Goiás

Diagnóstico aponta alta prevalência da brucelose no Estado, mesmo após campanhas de vacinação com registro de índices elevados ao longo dos anos

A Comissão Estadual de Combate à Brucelose e Tuberculose no Estado de Goiás realizou hoje (28) a primeira reunião ordinária para nivelar conhecimentos sobre a situação da brucelose e tuberculose, discutir dados dos últimos levantamentos epidemiológicos e preparar as bases para e elaboração de um Plano de Ação no âmbito do Programa Nacional de Combate e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). A meta é reduzir principlamente a incidência da brucelose no Estado.

A Comissão foi criada em julho de 2021, por meio da Portaria n° 490/2021 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e reúne representantes de 15 entidades e instituições públicas e privadas que têm interface com a questão de brucelose e tuberculose no Estado. Os trabalhos foram conduzidos pelo gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio do Amaral Leal. O ponto alto da reunião foi a palestra proferida pela chefe da Divisão de Sanidade dos Ruminantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Janice Elena Ioris Barddal.

Conforme dados apresentados pela palestrante, Goiás tem média vacinal superior a 75% das fêmeas de três a oito meses contra a brucelose, porém esse esforço não tem se mostrado suficiente para reduzir o porcentual de prevalência. No caso da brucelose, o índice constatado em 2021 foi 18,7%. Já em relação à tuberculose a prevalência ficou em 3,4%. Vale ressaltar que naquele ano, a vacinação contra a brucelose foi de 71% do total de fêmeas em idade vacinal.

Plano de Ação

Além de apresentar muitos outros dados estatísticos, Janice Barddal também ofereceu muitas contribuições para a elaboração do Plano de Ação, que será o próximo passo a ser dado pela Comissão Estadual. Ela ressaltou, por exemplo, que um plano eficiente precisa ser factível, com propostas objetivas e viabilidade de execução, para alcance dos objetivos propostos. Também pode ser planejado e implementado em etapas, com foco em regiões ou tipos de animais (corte/leite).

“No caso de Goiás, a vacinação ainda é a receita para reduzir a prevalência da brucelose, mas é necessário torná-la eficiente por meio de programas de educação em saúde, comunicação, treinamentos, fiscalização de revendas de vacina, fiscalização da vacinação nas propriedades, restrição do trânsito de animais para propriedades inadimplentes e obrigatoriedade de vacinação para fêmeas não vacinadas nas etapas regulares”, alinhou Janice Barddal. Além disso, ela também defendeu o estabelecimento de autuação e multas previstas em legislação estadual e informatização do sistema de controle de vacinação.

A primeira reunião da Comissão Estadual de Combate à Brucelose e Tuberculose, realizada por meio virtual, contou com participação de 26 pessoas, dentre eles dirigentes, gestores, médicos veterinários, técnicos e assessores, todos representantes das 15 instituições que integram o grupo. Ao final dos trabalhos, foi agendada para 22 de setembro deste ano nova reunião para apresentação e discussão da minuta do Plano de Ação.

São elas a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-Goiás); Secretaria da Saúde (SES); Agrodefesa; Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater-Goiás); Superintendência Federal da Agricultura em Goiás (SFA-Goiás), Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg-Goiás), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-Goiás).

E ainda o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-Go)); o Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec-Goiás); a Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (EVZ-UFG); a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás); o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás (Sindileite); o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado de Goiás (Sindicarne); a Associação de Buiatria de Goiás e Distrito Federal e a Associação de Empresários Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa).

Reunião virtual da Comissão Estadual de Combate à Brucelose e Tuberculose debate plano para reduzir os casos em Goiás

Comunicação setorial da Agrodefesa – Governo de Goiás

Governo na palma da mão

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