Em reunião na Seapa, dirigentes e representantes de dez órgãos definem cronograma de ações e prioridades para acelerar a iniciativa que vai beneficiar produtores da região

O Governo de Goiás dá mais um passo com o objetivo de implementar o Projeto de Fruticultura Irrigada no Vão do Paranã, região Nordeste de Goiás. Na terça-feira (7/3), dirigentes e representantes de dez entidades envolvidas no processo estiveram reunidos na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-Goiás) para definir o cronograma de ações e alinhar detalhes técnicos para o lançamento oficial do projeto.

A coordenação é da Seapa-Goiás, com apoio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Emater-Goiás, GoiásFomento, Universidade Federal de Goiás (UFG), Secretaria do Meio Ambiente e Secretaria-Geral da Governadoria, e parceria do Governo Federal por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Embrapa Cerrados e da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), além da Agência Nacional de Águas (ANA). O Sebrae-Goiás também apoia a iniciativa.

A orientação do governador Ronaldo Caiado é que o Projeto de Fruticultura Irrigado no Vão do Paranã seja implementado nos moldes do polo de fruticultura já consolidado em Pernambuco, com aproveitamento do grande potencial para a irrigação utilizando a água do reservatório do Projeto Flores de Goiás. O secretário de Agricultura, Tiago Mendonça, diz que a ideia vem sendo trabalhada desde 2019 e o principal objetivo é garantir emprego e renda para famílias da região, além de aumentar a produção de frutas como maracujá e manga, destinadas ao mercado interno e até exportação.

O presidente da Emater-Goiás, Pedro Leonardo Rezende, anunciou a criação de uma força-tarefa composta por técnicos da Agência para elaborar os projetos necessários à obtenção de crédito de custeio para os agricultores selecionados para o projeto. As propostas serão submetidas à GoiásFomento. Rezende destacou a importância do projeto, lembrando que a iniciativa está entre as três prioridades definidas pelo governador e já apresentadas ao Governo Federal em encontro recente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Beneficiários

Na primeira etapa do projeto, serão beneficiados agricultores familiares dos municípios de Flores de Goiás, São João D’Aliança e Formosa. A meta é envolver 150 produtores familiares, que já estão recebendo kits de irrigação, equipamentos adquiridos pela Codevasf com investimento federal de R$ 9,3 milhões. A proposta é cultivar cerca de 300 hectares com lavouras irrigadas de maracujá e manga, com captação de água na barragem do rio Paranã e ribeirão Porteira.

Esta área, quando totalmente cultivada, tem capacidade de produção estimada em 4,2 mil toneladas de maracujá e 6 mil toneladas de manga por ano, o que deverá se efetivar a partir do segundo e terceiro anos de implantação das culturas, respectivamente. Os agricultores começam a participar de capacitações obrigatórias em manejo, gestão e cooperativismo, para formalização de uma cooperativa para gerir os negócios.

Da Agrodefesa participaram da reunião o diretor de Defesa Agropecuária, Sérgio Paulo Coelho, que representou o presidente José Essado; o diretor de Gestão Integrada, Augusto Amaral Rocha; a gerente de Sanidade Vegetal, Daniela Rézio e Silva e a assessora da Diretoria, Rossana Serrato. Os demais órgãos participantes foram a própria Seapa-Goiás; Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Secretaria-Geral da Governadoria; Sebrae-Goiás Emater-Goiás, Agência de Fomento, Universidade Federal de Goiás; Embrapa Cerrados e Codevasf.

Dirigentes, assessores e técnicos de dez instituições discutiram ações e medidas para implementar o Projeto de Fruticultura Irrigada no Nordeste Goiano

Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), com informações da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-Goiás) – Governo de Goiás