Nova praga da soja é encontrada em Goiás


Nova praga da soja é encontrada em Goiás

 

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), após a detecção pela Universidade Federal de Goiás (UFG), confirmou, durante inspeções oficiais, a presença da praga mosca-da-haste-da-soja (Melanagromyza sojae) (Diptera – Agromyzidae), em áreas de tiguera de soja no município de Silvânia/GO.

Em 03 de maio de 2018, larvas e pupas da mosca foram coletadas por Fiscais da Agrodefesa e alunos da UFG, e encaminhadas para o Laboratório Nacional Agropecuário em Goiás (Lanagro/GO), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), onde fizeram a identificação oficial da praga.

Até o momento a praga estava restrita apenas ao Sul do Brasil e nunca havia sido observada em áreas de Cerrado. A mosca originária da Ásia apareceu no País pela primeira vez há 32 anos, depois surgiu de novo em 2008 e reapareceu novamente na safra de 2015, quando foi  identificada nos Estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

As larvas da mosca cavam galerias nas hastes das plantas de soja, e se alimentam principalmente do caule e das flores. A pupa ocorre na planta. Durante o dia, os adultos são raros na folha, no entanto, quando há grandes infestações, podem ser vistos nas inflorescências e folhagem.

Presença de “galerias” nas folhas e hastes, decorrentes da alimentação das larvas, prejudicando os tecidos internos e inibindo o desenvolvimento da planta. Pode levar à diminuição da produção de grãos por planta, influenciar no diâmetro do caule e também na altura da mesma. Ao cortar o caule, é possível ver a presença das larvas e pupas e dependendo da intensidade do ataque, pode causar perda de mais de 80%.

Segundo o Coordenador do Programa de Prevenção e Controle de Pragas da Soja da Agrodefesa, o Engenheiro Agrônomo Mário Sérgio de Oliveira, a detecção dessa praga reforça ainda mais a importância da destruição das plantas voluntárias (tigueras) de soja, conforme preconiza a Instrução Normativa Estadual nº 08/2014.

“A manutenção de plantas voluntária de soja, durante a entressafra, é extremamente prejudicial, pois elas servem como hospedeiras de pragas no campo. Os produtores devem destruir as tigueras de soja até 30 dias após a emergência, o não cumprimento da medida pode acarretar em multa para o produtor”, alerta o Coordenador.

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