MILHO – AGRO EM DADOS / NOVEMBRO 2024

No Brasil, o preço médio do milho em outubro, até o dia 18, foi de R$67,05 por saca. A demanda interna aquecida e a valorização do dólar frente ao real são fatores que podem contribuir para a manutenção de cotações mais firmes.

De acordo com a Conab, na primeira semana de novembro, o plantio do milho primeira safra alcançou 42,1% da área estimada para o Brasil, um avanço de 4,7% em relação ao ano passado. Apesar da redução de 5,4% na área cultivada, a produtividade deve aumentar 4,6%, com uma produção total estimada em 22,7 milhões de toneladas. Em Goiás, o plantio da safra de verão já atingiu 12% da área cultivada, colocando o estado à frente no ritmo de semeadura em comparação ao mesmo período do ano anterior.

No cenário internacional, a China deixou de ser o principal destino do milho brasileiro em 2024. No acumulado de janeiro a setembro, houve uma redução de 75,5% no volume exportado em relação ao mesmo período do ano anterior. O país asiático atingiu um recorde de produção na safra 2023/24, com expectativa de crescimento também para a colheita 2024/25, que deve alcançar 292 milhões de toneladas, segundo o USDA. O governo chinês busca alcançar autossuficiência na produção do cereal, diminuindo a dependência de importações.

Já na Argentina, os produtores apresentam uma tendência de optar pela soja em detrimento do milho para a safra 2024/25. De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), a projeção é de uma redução de 21% na área plantada de milho em comparação com a temporada anterior. Essa decisão é justificada pela maior lucratividade da soja e pela ausência de impacto significativo causado pela cigarrinha na cultura da oleaginosa.

Governo na palma da mão

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