Em tempos de distração crônica, palestra ressalta a gestão da atenção como ferramenta de produtividade e bem-estar

Em um mundo onde a velocidade dita o ritmo e a distração é regra, o desafio de manter o foco tornou-se quase um ato revolucionário. Foi com essa perspectiva, e por meio do projeto Motivação, Integração e Capacitação (MIC) da Gerência de Gestão Institucional (GGI), que o consultor de empresas, Rodrigo Vasconcelos, conduziu, nesta terça-feira (15/04), sua palestra sobre Gestão da Atenção, dirigida aos servidores da Agência Goiana de Regulação (AGR). Em sua fala, ele convidou os participantes a uma reflexão profunda sobre escolhas do dia a dia que afetam diretamente o desempenho na vida e no trabalho.

Durante o encontro, que reuniu os colaboradores da agência no auditório do edifício-sede, Vasconcelos defendeu que atenção é algo de extrema importância e, como tal, precisa ser cultivada com zelo. Sua palestra foi dividida em quatro pilares fundamentais: alimentação, sono, ambiente e disciplina pessoal.

Alimento para o cérebro: o que você come influencia o que você pensa

A primeira parte da palestra foi dedicada a um tema que muitas vezes é deixado de lado: a alimentação como motor do desempenho cognitivo. Vasconcelos foi direto ao ponto ao afirmar que “não se pode esperar foco com combustível errado”. Alimentos ricos em nutrientes como ferro, magnésio, zinco e vitaminas do complexo B foram apontados como aliados da concentração e da memória.

Ele alertou sobre os riscos de uma dieta baseada em alimentos processados, pobres em valor nutricional e ricos em efeitos colaterais. Cansaço mental, falta de foco e estresse, segundo ele, são sintomas que resultam de escolhas alimentares desequilibradas.

O sono como remédio invisível

Na segunda parte da palestra, o consultor falou do impacto do sono sobre a atenção e a produtividade. “A privação de sono rouba mais do que horas de descanso, ela nos toma clareza, criatividade e sanidade emocional”, afirmou.

Vasconcelos explicou que noites mal dormidas afetam neurotransmissores fundamentais como a dopamina, destruindo a motivação e abrindo caminho para a procrastinação. Ele defendeu que dormir bem é uma das mais subestimadas estratégias para se ter uma vida saudável.

O ambiente molda o foco

No terceiro ponto da palestra, ele apresentou o impacto do ambiente sobre a atenção. Segundo Vasconcelos, o local onde se estuda ou trabalha pode ser tanto uma ponte quanto uma barreira para a concentração. Elementos como luz natural, organização e até mesmo a presença de plantas foram destacados como aliados do foco. Em contrapartida, ambientes caóticos e desorganizados aumentam o ruído mental, dificultando a realização de tarefas com qualidade.

Disciplina e escolhas: o foco como resistência

Encerrando sua fala com um convite para a ação, Vasconcelos destacou a disciplina pessoal como alicerce da gestão da atenção. Em um cenário onde as redes sociais absorvem grande parte do nosso tempo, ele defendeu a resistência ao imediatismo como forma de melhorar a produtividade. “O foco não é apenas uma habilidade, é uma escolha diária, e também um ato político contra a cultura da pressa”, afirmou. Práticas como meditação, exercícios físicos e o cultivo de hábitos conscientes foram sugeridas como estratégias para reconectar corpo e mente ao que realmente importa.

Um chamado à consciência

Ao final, o público saiu da palestra com um olhar renovado sobre a forma como vive, trabalha e cuida de si. A gestão da atenção, segundo Vasconcelos, não é apenas uma técnica de produtividade, é um projeto de vida mais consciente e equilibrado.

Texto: Michael Deus (Estagiário de Jornalismo)

Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (AGR) – Governo de Goiás