Presidente Wagner Oliveira Gomes e equipe técnica apresentaram atribuições da autarquia e detalharam o modelo de custeio do transporte metropolitano, subsidiado pelo Estado e municípios

A Agência Goiana de Regulação (AGR) foi convidada para abrir, na manhã de quarta-feira (03/12), a 1ª edição do Ciclo Metrobus de Mobilidade Integrada. O encontro, na Sede Operacional da Metrobus, na Vila Regina, em Goiânia, inaugurou uma série de diálogos técnicos voltados ao fortalecimento das relações institucionais entre os entes que compõem a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC).

O presidente Wagner Oliveira Gomes conduziu a apresentação institucional da AGR, enfatizando que a atuação da AGR vai além da fiscalização pontual, exercendo um papel estratégico na definição das condições econômicas e normativas que tornam possível a prestação do serviço de transporte metropolitano de passageiros. Segundo Wagner, a agência coopera para o desenvolvimento do setor ao estabelecer parâmetros claros para a remuneração das operadoras.

“A AGR tem um papel estratégico nesse processo todo, que é a competência da atribuição da tarifa de remuneração”, afirmou Wagner Gomes. Ele destacou que visitar a Metrobus permitiu presenciar a materialização do trabalho regulatório realizado nos bastidores: “É a aplicação dos recursos que nós estamos definindo lá na AGR. Tivemos a oportunidade de presenciar os investimentos que estão sendo feitos, de modo especial em relação à eletrificação da frota, às garagens e aos veículos novos que estão chegando”.

Regulação econômica como motor de investimentos

O aspecto técnico do custeio do sistema foi detalhado pelo gerente de Regulação Econômica da AGR, Rafael Barbosa Carvalho. O gerente explicou a metodologia de cálculo da tarifa de remuneração, o custo real para transportar cada passageiro com qualidade técnica.

Foi demonstrado como o trabalho de revisão e reajuste criterioso dessa tarifa, realizado pela AGR, oferece a segurança jurídica e orçamentária necessária para que as concessionárias invistam em modernização. Rafael ressaltou que, graças ao subsídio custeado pelo Estado de Goiás e pelos municípios da região metropolitana, esse custo técnico é coberto sem que haja impacto no valor da passagem paga pelo cidadão na catraca, viabilizando melhorias contínuas no sistema.

Integração e expertise

Para a Metrobus, a iniciativa busca absorver o conhecimento técnico da agência reguladora. O presidente da companhia, Francisco Caldas, classificou a AGR como um dos “núcleos principais” do sistema, essencial para o entendimento da política tarifária e suas complexidades.

“Nós precisamos aumentar as nossas relações com todos os entes envolvidos com o mercado de transporte. A AGR fornece toda a discussão da política tarifária, as suas vicissitudes e os detalhes. Nem sempre nós, como concessionários, conseguimos acompanhar essas nuances sozinhos. A agência nos brinda com essa expertise, o que para nós é de extrema relevância”, avaliou Francisco.

Também integraram a comitiva da AGR no evento, a diretora de Gestão Integrada, Andrea Bonanato Estrela, e o chefe de Gabinete, Breno Pereira da Silva. O encontro intensifica o alinhamento entre a regulação estatal e a operação do serviço, demonstrando como a gestão eficiente dos contratos e tarifas reflete diretamente na infraestrutura oferecida à população.

Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização dos Serviços Públicos (AGR) – Governo de Goiás