Procon Goiás encontra variação de até 3.200% nos preços de medicamentos genéricos em Goiânia

Procon Goiás encontra variação de até 3.200% nos preços de medicamentos genéricos em Goiânia

Medicamentos de “referência” podem variar até 128%

 

Goiânia, 25 de julho de 2019 – Pela primeira vez, o Procon Goiás constatou uma variação de até 3.200% nos preços de medicamentos comercializados em drogarias de Goiânia. Nos chamados medicamentos de referência (marca), a oscilação chegou a 128%, de acordo com pesquisa realizada pela Gerência de Pesquisa e Cálculo do órgão.

Foram visitadas 12 (doze) drogarias em diferentes regiões da capital e verificados os preços de 65 (sessenta e cinco tipos de medicamentos, sendo 33 (trinta e três) de referência e 32 (trinta e dois) genéricos, obedecendo a mesma apresentação, denominação e laboratórios (nos casos de medicamentos de referência).

O Procon Goiás esclarece que foram considerados os preços praticados para o cliente comum, ou seja, independente da exigência de cadastro seja pela própria rede ou por laboratórios. Também não foi considerada nenhuma condição especial como desconto para aposentados, empresas ou clientes de plano de saúde conveniados.

Resultado de uma maior concorrência entre os diversos laboratórios, os medicamentos genéricos normalmente são mais acessíveis. No entanto, a diferença de preços expressiva entre os estabelecimentos chamou atenção como, por exemplo, no medicamento Hidroclorotiazida (25mg/30 comprimidos) para controle da pressão arterial. O maior preço verificado foi de R$ 5,94 e o menor R$ 0,18 – 3.200%.

 

Veja outras variações de preços de medicamentos genéricos:

 

MENOR MAIOR
MEDICAMENTO APRESENTAÇÃO PREÇO PREÇO VARIAÇÃO
%
Hidroclorotiazida 25 mg – 30 comp  R$    0,18  R$    5,94 3200,00
Glibenclamida 5 mg – 30 comp  R$    1,32  R$  11,23 750,76
Sulfato de Salbutamol 2 mg/5 ml – Xpe 120 ml  R$    2,18  R$  16,50 656,88
Loratadina 10 mg – 12 comp  R$    9,90  R$  36,42 267,88
Cloridrato de Ranitidina 150 mg – 20 comp  R$    4,75  R$  15,30 222,11
Mebendazol 20 mg/ml – susp 30 ml  R$    2,68  R$    7,20 168,66

 

Veja outras variações de preços de medicamentos de referência:

 

MENOR MAIOR
MEDICAMENTO APRESENTAÇÃO LABORATÓRIO PREÇO PREÇO VARIAÇÃO
%
Anafranil (Clorid de Clomipramina) 25 mg – 20 drgs Novartis  R$  18,30  R$    41,74 128,09
Liptor (Atorvastatina Cálcica) 10 mg – 30 comp Pfizer  R$  60,60  R$  122,00 101,32
Amoxil (Amoxicilina) 500 mg – 21 cápsulas GlaxoSmithKline  R$  41,06  R$    82,38 100,63
Label (Cloridrato de Ranitidina) 150 mg – 20 comp GlaxoSmithKline  R$  37,81  R$    69,68 84,29
Dexason (Acetato de Dexametasona) 1 mg/g – creme derm 10 g Teuto  R$    3,99  R$      7,30 82,96
Rivotril (Clonazepam) 2 mg – cx 20 comp Roche  R$  13,10  R$    23,74 81,22
Tylenol (Paracetamol) 200 mg/ml – gotas 15 ml Janssen-Cilag  R$  16,79  R$    27,89 66,11
Novalgina (Dipirona Monoidratada) 500/ml – gotas 10 ml Sanofi-Aventis  R$    8,06  R$    10,72 33,00

 

Medicamentos genéricos podem representar economia de até 86%

Adquirir um medicamento genérico em substituição aos de referência é uma opção do consumidor. Vale ressaltar que tal escolha, desde que seja seguida a prescrição médica, pode representar economia de até

Medicamentos genéricos podem representar economia de até 86%

86%.

É o caso do medicamento de referência Voltaren (50 mg, caixa com 20 comprimidos, do laboratório Novartis). Em uma drogaria visitada pelo Procon Goiás, o produto pode ser encontrado a R$ 37,69. Já o genérico (diclofenaco sódico), na mesma apresentação, custa R$ 5,22, ou seja, economia de até 86,15%.

Outro exemplo é o medicamento de referência Propranolol (40 mg – 30 comp do laboratório EMS Sigma), cujo preço é de R$ 8,35. Já o genérico Cloridrato de Propranolol é vendido, no mesmo local, a R$ 1,79 – economia de até 78,56%.

Procon Goiás constata aumento médio de até 16,32%

O consumidor que está acostumado a comprar determinado tipo de medicamento pode ter tido a impressão de que o reajuste anual está acima do definido pelo governo federal (4,33%). De fato, conforme levantamento de preços realizados pelo Procon Goiás, em alguns medicamentos foi identificada elevação de até 16,32%.

Essa alta foi encontrada no medicamento genérico Fernobarbital – 100 mg – 20 comprimidos (conhecido pelo nome de referência de Gardenal). O preço médio praticado em abril/2018 era de R$ 4,84 e atualmente custa, em média, R$ 5,63.

Isso ocorre porque o percentual de reajuste autorizado pelo governo federal é aplicado sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC) e não sobre o preço de venda praticado pelo estabelecimento. Cada agente econômico tem a liberdade de praticar preços diferenciados, desde que seja respeitado o PMC.

Exemplificando:

Se um medicamento tem o preço máximo ao consumidor (PMC) de R$ 10, com o reajuste autorizado (4,33%), esse valor poderá chegar a R$ 10,43. No entanto, se o estabelecimento já comercializava esse produto com preço abaixo do PMC, a R$ 7 por exemplo, e resolve cobrar R$ 8, apesar do reajuste aplicado ter sido de 14,28%, ainda está dentro dos parâmetros definidos pelo governo.

Por isso que, no bolso, para o consumidor que já está acostumado com o valor pago mensalmente, esse impacto sentido é bem maior.

 

Veja outros exemplos de elevação ou redução no preço médio:

 

PREÇO PREÇO
MEDICAMENTO APRESENTAÇÃO DENOMINAÇÃO LABORATÓRIO MÉDIO MÉDIO VARIAÇÃO
2018 2019
Fernobarbital 100 mg – 20 comp (Genérico)  R$    4,84  R$    5,63 16,32
Liptor 10 mg – 30 comp  Atorvastatina Cálcica Pfizer  R$  85,94  R$  97,34 13,26
Sulfato de Salbutamol 2 mg/5 ml – Xpe 120 ml (Genérico)  R$    4,65  R$    5,25 12,82
Neosaldina 300 mg + 50 mg + 30 mg/ml  Dip Sódica + Mucato + Cafeína Nycomed Pharma  R$  21,31  R$  24,04 12,79
Propranolol 40 mg – 30 comp  Cloridrato de Propranolol EMS Sigma  R$    9,38  R$  10,23 9,01
Nimesulida 100 mg – 12 comp (Genérico)  R$    9,82  R$    8,10 -17,50

 

Diferentemente do que acontecia em anos anteriores, o reajuste nos preços dos medicamentos, definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), no percentual de 4,33%, será aplicado de forma igualitária para os três grupos de insumos. Antes, o reajuste era definido de acordo com os medicamentos de maior concorrência, concorrência moderada e concentrada. Os grupos de maior concorrência sofriam maior reajuste.

 

Esse percentual de aumento, apesar de maior que a inflação oficial do mesmo período medido pelo IPCA-IBGE (3,75%), não é automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste, ou seja, cada empresa poderá optar pela aplicação do índice total ou menor, dependendo de suas estratégias comerciais.

Orientações gerais

É interessante que o consumidor consulte a lista de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) dos medicamentos, disponível no site da Anvisa (www.anvisa.gov.br). A consulta também pode ser realizada nas listas de preços que devem estar disponíveis nas unidades do comércio varejista, conforme determina a Resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Nas drogarias da mesma rede, não há, necessariamente, uma política de preços única. Portanto, o Procon Goiás recomenda que os consumidores façam pesquisa de preços inclusive em drogarias do mesmo grupo.

É bom frisar que um medicamento genérico fabricado pelo mesmo laboratório também pode apresentar preços diferentes entre as drogarias. Por isso, a pesquisa de preços é essencial, sempre aliada à prescrição médica.

 

Para acessar a planilha de preços, clique aqui

Para acessar o relatório da pesquisa, clique aqui

 

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