Procon Goiás divulga pesquisa: “A relação do consumidor com seu dinheiro”

 

 

O endividamento pode comprometer completamente o orçamento doméstico familiar. Essa é uma preocupação recorrente entre os consumidores entrevistados pelo Procon Goiás que divulga nesta quarta-feira (14/3) a pesquisa “A relação do consumidor com seu dinheiro”.

O levantamento abordados três tópicos: Controle do orçamento doméstico, postura do consumidor em relação ao crédito e nível de informação quanto aos produtos e serviços financeiros. A divulgação da pesquisa ocorre como parte da programação especial realizada nesta semana em comemoração ao Dia Internacional do Consumidor (15 de março).

No total, foram ouvidos 482 consumidores, sendo pessoas que passaram pelo Terminal Rodoviário de Goiânia, e também aquelas que foram atendidas no órgão no período de 11 a 13 de março de 2019.

O estudo possui caráter simplificado, com intuito apenas de entender como está a postura do consumidor em relação às suas finanças e, com base nas deficiências encontradas, direcionar o foco do Procon na realização de ações de conscientização como palestras educativas, desenvolvidas periodicamente a pedido de entidades, escolas, associações de moradores, etc.

Controle do orçamento doméstico

(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

De acordo com os dados coletados, percebe-se que o consumidor se preocupa e muito quando o assunto é endividamento.

No entanto, é preciso ter controle da situação financeira, com o hábito de planejar e controlar os gastos do orçamento doméstico. Apenas 45% dos ouvidos na pesquisa disseram ter o hábito de planejar a economia doméstica.

Os que planejam “às vezes” são 41% e os que nunca planejam (14%), representtando um total de 55% dos consumidores entrevistados.

Aquelas despesas comuns de início de ano como IPTU, IPVA, material escolar, etc, poderiam tranquilamente ser pagas se uma reserva de dinheiro fosse feita antecipadamente. Um total de 33% dos consultados afirmou que nunca reserva e os que “às vezes” costumam reservar (29%). Apenas 38% disseram ter esse hábito de poupar pensando nos gastos.

Postura do consumidor em relação ao crédito
Em se tratando de duas modalidades de crédito (rotativo do cartão e cheque especial), a maioria disse nunca utilizar: 66% em relação ao rotativo do cartão e 73% em relação ao limite do cheque especial.

Quando o assunto é financiamento, pode-se dizer que houve uma mudança no comportamento do consumidor, em comparação com levantamento anterior realizado pelo Procon Goiás.

A pesquisa apontou que, para 38% dos consumidores, a diferença entre o valor à vista e o montante final a pagar conta muito na hora de decidir. Para 26% dos entrevistados, o valor da parcela ainda continua sendo a principal preocupação, seguido pelas taxas de juros (23%) e a quantidade de parcelas (13%).

Desta forma, ao observar o valor da diferença entre o valor à vista e o total, o consumidor acaba se assustando com a diferença e acaba buscando outras alternativas como, por exemplo, a poupança de parte do valor do produto para reduzir o valor final financiado.

Nível de informação quanto aos produtos e serviços financeiros

A dificuldade ao analisar um extrato bancário “sempre” é um problema para apenas 14% dos entrevistados, o que demonstra que a padronização da nomenclatura das tarifas pelo Banco Central do Brasil e a limitação da quantidade de serviços cobrados, melhorou o entendimento para grande maioria dos consumidores. Ponto positivo.

Já o ponto negativo, de acordo com os dados obtidos na pesquisa, é que um volume considerável de consumidores ainda desconhece as taxas médias de juros nas diferentes modalidades de crédito. Isso acaba prejudicando e muito na hora de contratar um empréstimo ou até mesmo na substituição de uma modalidade por outra com taxas de juros mais vantajosas.

Financiamento
A intenção com esse quesito era medir a capacidade de avaliação do custo/benefício, com base no conhecimento das taxas de mercado. Quando a pergunta foi se um empréstimo no banco onde possuem conta corrente, ou seja, um crédito direto ao consumidor (CDC) por exemplo, para quitar uma dívida do cartão de crédito seria uma decisão acertada, os resultados foram: 58% disseram não ser a melhor decisão e 25% não souberam avaliar. Apenas 17% disseram ser uma decisão acertada.

Apesar de identificadas deficiências em alguns pontos da pesquisa, o que demonstra uma pequena carência quando o assunto é controle do orçamento doméstico por exemplo, há vários pontos com motivos de comemoração, como o grande percentual de consumidores que estariam dispostos a sacrificar uma viagem para quitar pelo menos parte das dívidas com o dinheiro extra do 13º salário.

Planilha financeira
Uma dica importante que pode ajudar o bolso é a planilha financeira que, mesmo elaborada de forma simples, pode ser uma ferramenta muito útil para manter o controle das finanças pessoais e familiares em dia. Com a família a par de toda a situação, fica mais fácil quando da necessidade de reduzir ou cortar algum gasto ou até mesmo planejar a compra futura de um bem ou planejar uma viagem. Confira aqui a pesquisa completa.

Goiânia, 14 de março de 2019. 

Assessoria de Imprensa

(62) 3201-7134

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