O Escritório de Projetos Setorial (EPS) da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) é uma unidade administrativa ligada diretamente ao Gabinete do Secretário. Criado no âmbito do Programa PMO Goiás, instituído pela Lei nº 21.792/2023, o EPS atua como elo estratégico entre o Planejamento, a Governança e os Projetos da Secretaria, com o objetivo de garantir que o portfólio de iniciativas esteja totalmente alinhado ao Plano de Governo, PPA e ao Planejamento Estratégico da SIC.

Estrutura e base legal

O EPS/SIC integra a rede de escritórios do Programa PMO Goiás, composta por uma Unidade Central (SGG) e pelos Escritórios Setoriais, regulamentados pelos seguintes atos normativos:

• Lei nº 21.792/2023 – Organização Administrativa do Poder Executivo
• Decreto nº 10.218/2023 – Regulamentação da Lei
• Decreto nº 10.438/2024 – Institui o SIGES e a Rede de Gestão de Projetos
• Decreto nº 10.624/2025 – Diretrizes dos PMOs Setoriais
• Decreto nº 377/2023 – Aprova o Regulamento da SIC
• Portaria nº 190/2024 – Institui o Comitê de Governança de Projetos da SIC

Comitê de Governança

O Comitê de Governança de Projetos da SIC é composto por representantes estratégicos da Secretaria, incluindo o Gabinete, Subsecretarias, Escritório de Projetos, Comunicação, Procuradoria, Tecnologia da Informação e demais áreas-chave.

Uma governança ativa assegura maior controle institucional, alinhamento com os objetivos estratégicos e transparência na execução dos projetos. Além disso, o Comitê fortalece a tomada de decisão colegiada e garante que os projetos estejam verdadeiramente conectados às prioridades da Secretaria e às diretrizes de governo.

Maturidade em Gestão de Projetos

A maturidade em gestão de projetos é um importante indicador da capacidade de uma organização pública planejar, executar e entregar valor com eficiência. Para mensurar esse aspecto, o Governo de Goiás adotou o Modelo de Maturidade em Gerenciamento de Projetos (MMGP), aplicado de forma estruturada nos órgãos e entidades estaduais. O modelo permite diagnósticos comparativos, o acompanhamento da evolução e a definição de planos de melhoria contínua, sendo amplamente reconhecido no Brasil e utilizado tanto no setor público quanto no privado, com a definição de cinco níveis de maturidade organizacional:

1. Inicial – Ausência de padronização ou processos definidos.
2. Conhecido – Reconhecimento do tema; práticas ainda fragmentadas.
3. Padronizado – Métodos definidos, uso de ferramentas e atuação dos PMOs.
4. Gerenciado – Foco em desempenho e liderança qualificada.
5. Otimizado – Excelência, inovação e cultura organizacional consolidada

Na primeira avaliação realizada na SIC, a nota de maturidade foi 2,31, ligeiramente abaixo da média estadual, que foi de 2,48. Esse resultado posiciona a Secretaria no nível “Conhecido”. Essa pontuação reflete uma etapa de consolidação das práticas de gestão de projetos e indica avanços significativos rumo à padronização e ao fortalecimento da governança institucional.

A maturidade em gestão de projetos é, portanto, um reflexo direto da capacidade institucional de planejar, executar, monitorar e entregar resultados com foco em valor público.

O que é um PMO?

Um Project Management Office (PMO), ou Escritório de Gerenciamento de Projetos, é uma estrutura organizacional responsável por padronizar processos, metodologias, ferramentas e promover a gestão estratégica de portfólio, programas e projetos. No contexto da administração pública, três modelos tradicionais são amplamente utilizados, conforme a complexidade, a cultura organizacional e o grau de autonomia exigido. São eles:

• Suporte: Esse modelo tem caráter consultivo e atua como facilitador das equipes de projeto. Seu foco está na disseminação de boas práticas, fornecimento de modelos, templates, ferramentas e guias metodológicos. O PMO de Suporte não exerce controle direto sobre os projetos, mas oferece apoio contínuo para que as equipes tenham autonomia com qualidade e conformidade;
  

• Controle: atua com mais autoridade e responsabilidade sobre os processos. Além de fornecer apoio técnico, ele define diretrizes e padrões metodológicos, acompanha os indicadores de desempenho e monitora a aderência dos projetos às regras estabelecidas. O PMO de Controle é fundamental para garantir padronização, conformidade, mitigação de riscos e previsibilidade nos projetos públicos.

• Diretivo: É o modelo mais robusto e centralizado. Nesse formato, o Escritório assume a liderança direta de projetos estratégicos – especialmente os mais complexos ou de alto impacto institucional – e atua como unidade de execução e articulação intersetorial. O PMO Diretivo tem poder decisório sobre prazos, recursos e alocação de equipes. Ele também lidera reuniões de governança, coordena a integração entre as áreas envolvidas e reporta diretamente à alta gestão ou aos Comitês. É indicado para contextos de elevada maturidade.

Esses modelos não são excludentes. Em muitos casos, um mesmo PMO pode combinar características de dois ou mais modelos, evoluindo conforme a maturidade institucional, o tipo de projeto e o nível de governança exigido. Nesse contexto, a escolha da abordagem de gerenciamento também desempenha papel fundamental para o sucesso das iniciativas, pois influencia diretamente na forma como o projeto será planejado, conduzido e entregue.

• Preditiva: aplicada a projetos com escopo bem definido e pouco sujeito a mudanças. Utiliza planejamento detalhado, cronogramas fixos e entregas únicas ao final do processo. É comum em obras de infraestrutura, concessões e contratos regulados, onde previsibilidade é essencia;

• Ágil: ideal para projetos que exigem flexibilidade, adaptação rápida e entregas frequentes. Baseia-se em ciclos curtos (sprints), colaboração constante com os usuários e priorização de valor. Muito usada em soluções digitais, desenvolvimento de sistemas e iniciativas de inovação;

• Híbrida: integra elementos das abordagens preditiva e ágil, sendo adequada para projetos complexos, com partes bem definidas e outras em constante evolução. Permite maior equilíbrio entre controle e adaptabilidade, ajustando o método conforme o risco e a natureza das entregas.

MODELOS E ARTEFATOS

• Termo de Abertura de Projeto – TAP
• Termo de Encerramento do Projeto ou Fase – TEP
• Solicitação de Mudanças em Projetos
• Registro de Lições Aprendidas
• PM CANVAS
• PgM CANVAS
• Plano de Ação – 5W2H
• Matriz de Responsabilidade – RACI
• Mapeamento de Partes Interessadas (Poder e Influência)
• Cronograma
• Checklist Evento

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E-mail: eps.sic@goias.gov.br
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