A Goiás Previdência (Goiasprev) promoveu, por meio da Diretoria Executiva e do Comitê Permanente para Questões da Mulher e da Diversidade no âmbito da autarquia, nesta quarta-feira (27), uma palestra de conscientização e prevenção à violência doméstica. Com canais exclusivos para denúncias e leis mais duras para agressores, a subcomandante do Batalhão da Lei Maria da Penha, Major Márcia Testa, e a psicóloga Evelin Rodrigues, destacaram o avanço no acolhimento às vítimas em Goiás. O evento foi realizado em comemoração ao Agosto Lilás, mês dedicado à causa.

“Muitas vezes, a vítima depende financeiramente do agressor. A dependência pode ser sim financeira, além da emocional. Nós trabalhamos arduamente para que, por meio do Ligue 180, as mulheres do nosso estado sejam protegidas e que, em tempo hábil, as medidas protetivas sejam aplicadas. Goiás é uma referência no combate à violência doméstica, graças ao inúmeros projetos criados pelas pastas”, disse a militar durante a palestra.

O Batalhão Maria da Penha em Goiás foi o primeiro criado no país. Além de Goiânia, o governo Ronaldo Caiado criou mais 3 unidades: Rio Verde, Águas Lindas e Cidade de Goiás, que expandem o trabalho para as zonas rurais do estado, em parceria com as prefeituras dos municípios e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Outro pioneirismo foi a criação do Sistema Maria da Penha, que desenvolve um histórico da vítima e faz um acompanhamento sistemático, da rotina das vítimas, onde 99% dos casos de medida protetiva, são deferidos pelo Poder Judiciário.

Já Evelin, que é formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e atuou como Gerente de Políticas de Ações Afirmativas e Promoção da Igualdade Racial, trouxe, de forma simples e coesa, os diversos tipos de agressão, como psicológica, física e patrimonial, além de conscientizar os colaboradores sobre assédio moral em ambiente de trabalho.

A psicóloga destacou a importância da denúncia feita por vítimas e informou os dados alarmantes sobre a falta delas. “No ano passado (2024), tivemos 56 feminicídios em Goiás. Apenas seis dessas vítimas tinham medida protetiva contra os agressores”, ressaltou Evelin.

Evelin ainda usou o momento para abrir o espaço e dividir seu conhecimento para sanar as dúvidas dos colaboradores. Evelin se encargou de distribuir e explicar a fala dos banners da campanha, que diz “Me respeita, uai, o calor passa, o respeito fica”.

Dados recentes sobre violência doméstica no Brasil, de relatórios de 2024 e 2025, indicam um aumento de casos não letais, como violência doméstica e ameaças, enquanto o número de feminicídios se manteve relativamente estável em 2024 em comparação com 2023, mas com uma pequena diminuição geral de casos letais entre 2015 e 2024. Presentes no evento, estiveram o chefe de Gabinete José Antônio Caparelli, representando o presidente do órgão, Gilvan Cândido, a diretora de Previdência da pasta, Milena Guilherme Dias, e o diretor de Gestão de Ativos e Passivos, Leonardo Lúcio Ferreira.

Também presentes, estiveram o diretor de Militares, Coronel Danilo Braga, e os membros do Comitê Permanente para Questões da Mulher e da Diversidade no âmbito da autarquia, Deise Nascimento, que é coordenadora, Joanes da Silva Coelho, Leonidia Jubé Aguiar, Paulo Sérgio Mendes da Silva e Andreia Costa de Oliveira.