Sistema de monitoramento permite acompanhar evolução dos estudantes

A suspensão das aulas presenciais e a implantação do regime

de aulas não presenciais estabeleceu uma nova rotina de trabalho na Secretaria

de Educação de Goiás bem como nas 40 Coordenações Regionais de Educação e nas

unidades escolares. A mudança também impactou diretamente a rotina de gestores

e tutores educacionais, professores, alunos e pais de alunos.

Diferentes estratégias passaram a ser utilizadas pela Seduc

Goiás para minimizar os prejuízos no processo de aprendizagem dos estudantes da

rede pública estadual de ensino. A tecnologia, nesse período de isolamento

social imposto pelo coronavírus, transformou-se em um importante aliado.

Alunos do Ensino Fundamental e Médio em todo o Estado

passaram a ter acesso às aulas a partir de recursos como videoaulas e listas de

atividades, conteúdos repassados por meio de grupos de WhatsApp, Messenger

(Facebook) e Direct (Instagram).

Em regiões onde a tecnologia não se mostra tão acessível,

como assentamentos, escolas rurais, comunidades quilombolas e escolas de

famílias agrícolas (EFAs), a alternativa que os professores encontraram foi

imprimir o material didático na escola ou na Coordenação Regional e levar

pessoalmente na casa do aluno ou em algum lugar onde ele ou a família possam

buscar.

Monitoramento

Para garantir a maior eficiência possível no trabalho de

acompanhamento do regime de aulas não presenciais, a Seduc criou um sistema de

monitoramento, que tem na linha de frente 210 tutores educacionais.

São esses tutores os responsáveis por visitar diariamente as

1.040 unidades escolares e manter contato direto com gestores e professores

acerca dos conteúdos que estão sendo repassados e trabalhados com os alunos.

Após o levantamento, essas informações são repassadas todos os dias à

Superintendência de Organização e Atendimento Educacional da Seduc.

“Essa equipe de tutores é responsável por registrar e nos

informar quantos alunos cada unidade escolar está conseguindo atender, de que

forma isso está acontecendo, quais as turmas estão apresentando maior

dificuldade e em que conteúdo”, explica a superintendente Patrícia Morais

Coutinho.

Evolução

De acordo com ela, o monitoramento diário é importante para

identificar todas as lacunas de aprendizagem por série, turma e unidade escolar

de forma que se possa trabalhar isso quando as aulas presenciais forem

retomadas.

“Esse acompanhamento nos permite acompanhar no dia a dia a

evolução dos estudantes, se a aprendizagem está sendo satisfatória ou não, além

de mapear quantos de determinada escola conseguiram atingir a nota esperada e

quantos não tiveram bom aproveitamento dos conteúdos recebidos”, ressalta

Patrícia.

A superintendente afirma que tem sido feito um trabalho

cuidadoso no sentido de atender todos os alunos da rede. “A Seduc criou uma

logística bem estruturada para que todo o material pedagógico possa chegar aos

alunos e a aprendizagem deles seja garantida. No interior, contamos, inclusive,

com o apoio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros que, quando necessário,

levam as atividades até a casa dos estudantes. 

Segundo ela, as aulas não presenciais contemplam hoje 87%

das instituições de ensino da rede estadual e estão alcançando um universo de

503 mil estudantes no Estado. “Apesar da rede apresentar realidades bem

distintas, a Seduc está conseguindo atender seus alunos com as aulas não

presenciais, levando até eles roteiros de atividades, lista de exercícios,

videoaulas, entre outros materiais, tudo dentro da matriz curricular de cada

nível de ensino”, destaca Patrícia.

Fórum de discussão

Patrícia Morais Coutinho informa também que, dentro do

sistema de monitoramento, existe um Fórum de Discussão, onde são discutidas estratégias

de atendimento ao aluno e compartilhadas ações pedagógicas de êxito. “Temos

hoje 300 boas práticas pedagógicas sendo desenvolvidas nas escolas da rede”.

Na opinião da superintendente, mostrar o que vem dando certo

serve como estímulo para novas ideias e novos recursos de aprendizagem. Ela

também acredita também que essa troca de experiências no fórum promove uma

aproximação muito positiva entre a Seduc, as Coordenações Regionais de

Educação, gestores, professores, alunos e as famílias dos estudantes.

Patrícia comenta que esse novo cenário tem surpreendido a

equipe da Seduc pela vontade muito grande que os estudantes têm demonstrado de

aprender e o desejo de seus pais de que eles aprendam. Para ela, é muito

importante ver como todos estão se esforçando para que os prejuízos na

aprendizagem tenham menor impacto.

“Ainda que muitos pais não tenham os conhecimentos

necessários para auxiliarem seus filhos na hora de fazer as atividades, eles

têm dado um bom exemplo de como motivar seus filhos para que não deixem de

participar e tirar o melhor proveito das aulas à distância”, conclui.

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