Roda de conversa discute combate ao abuso sexual infantil
Na data em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio, a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) promoveu uma roda de conversa para debater o tema e buscar soluções de prevenção. Realizado no auditório do Condomínio das Superintendências, o evento reuniu educadores, especialistas, profissionais da Saúde e também da Segurança Pública.
Para a superintendente de Ensino Fundamental, Márcia Rocha, incluir a discussão sobre abuso sexual na pauta da educação é essencial. “É importante orientar e esclarecer para que os educadores entendam o que caracteriza abuso, e como a gente pode empoderar essas crianças e adolescentes para que eles também consigam enfrentar essa situação”, disse.
A mediadora da “Roda de Conversa – Exploração Sexual Infantil: Desafio a ser Enfrentado” foi a professora doutora Marislei Espíndola. O psicólogo, professor e mestre Joseleno Vieira também participou do evento, trazendo um histórico sobre o crime e apontando medidas de enfrentamento. “A denúncia é o primeiro estágio para a mudança, e a área da educação tem papel fundamental. As vítimas, muitas vezes, avisam de maneiras não verbais. Qualificar o olhar do educador pode ajudar a identificar a exploração sexual”, destacou ele.
Além da roda de conversa realizada em Goiânia, a Seduce também promove eventos para abordar o tema nos municípios de Jataí e Cavalcante de Goiás. As iniciativas contam com o apoio do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO).
Araceli
O dia 18 de maio foi escolhido para lembrar a importância do respeito ao direito das crianças e adolescentes após um episódio trágico, ocorrido na cidade de Vitória (ES), em 1973. O “Caso Araceli”, como ficou conhecido, se refere à história de uma menina chamada Araceli, de oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados. Ela foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta daquela cidade.
A proposta do “18 de maio” é destacar a data para mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos das crianças e adolescentes.