Biblioteca Braille promove torneio Dominó Entre Amigos
Competição faz parte de projeto Tarde Cultural, que promove ações de integração para deficientes visuais usuários da biblioteca
A Biblioteca Braille José Alvares de Azevedo, localizada no Centro Cultural Marieta Telles Machado, na Praça Cívica, realizou nessa quinta-feira, 27/04, o primeiro torneio Dominó Entre Amigos, voltado para usuários e visitantes. A competição contou com a participação de 16 usuários da biblioteca. Divididos em duplas, os participantes competiram em mesas de quatro participantes e um fiscal cada. Os vencedores de cada mesa disputaram medalhas e os vencedores foram Fábio Pereira e Marcelo Mota. O evento teve o apoio da Associação dos Deficientes Visuais do Estado de Goiás (ADVEG), que patrocinou o lanche.
A competição faz parte do projeto Tarde Cultural, que desde 2016 realiza mensalmente atividades de integração, que visam a formação cultural e informacional dos usuários e visitantes. A diretora da Biblioteca, Maria Eunice Suares Barboza, conta que a ideia do projeto surgiu com a percepção de que a maioria dos usuários era online, mas sem o costume de frequentar a biblioteca. “Sentimos a necessidade de trazer os usuários para a biblioteca para encontros, reuniões e atividades culturais, para que ele não se afaste totalmente”, explica. Para a diretora os eventos são confraternizações que promovem a socialização e a troca de ideias, além de ajudar na regularização de empréstimos.
A bibliotecária Victória Cywynsky explica que a biblioteca Braille José Alvares de Azevedo se adequa as necessidades dos usuários, indo além de sua função de arquivamento. “A biblioteca não é só depósito de livros ou lugar onde as pessoas podem consultar o acervo, ela visa a socialização entre pessoas”. Segundo ela, as Tardes Culturais têm potencial para desenvolver a capacidade de mobilidade, a curiosidade por conhecer a cidade, além de promover a socialização e estimular a aquisição de conhecimento e o exercício mental de seus participantes.
O jogador de Futebol de Cinco e técnico de radiologia aposentado Wender Coimbra é deficiente visual congênito e aprendeu o Braille aos 6 anos de idade. Ele conta que conheceu a biblioteca Braille através de sua participação ativa nos grupos de deficientes visuais. Wender é um participante assíduo dos eventos da biblioteca e se considera mais do que um usuário, sendo também um colaborador da instituição. “O deficiente visual precisa ser integrado e se integrar, pois esses eventos fazem com que tenhamos uma integração maior tanto entre nós deficiente, quanto com o mundo lá fora”, explica.
Biblioteca Braille José Alvares de Azevedo
Fundada em 1989 e transferida para o Centro Cultural Marieta Telles Machado em 1992, a Biblioteca Braille José Alvares de Azevedo conta hoje com um acervo de 10 mil obras em formato físico e 30 mil obras digitais, que são disponibilizadas gratuitamente para usuários por qualquer meio digital, inclusive e-mail. A instituição faz parte da Rede de Leitura Inclusiva e atende hoje cerca de 150 usuários por mês, tendo 500 inscritos, do Brasil e de Portugal.
Com o apoio de uma equipe de sete pessoas, a biblioteca oferece não só envio e acesso ao seu acervo de obras, mas também serviços de referência, como: escrita e leitura em braile para a comunidade, curso de readaptação às novas tecnologias para deficientes visuais, curso de braile para não deficientes, além de serviços de apoio a comunidade, como inscrições para concursos, por exemplo.
Mais informações: (62) 3201-4648 ou pelo e-mail braile-jaa@uol.com.br.
Goiânia, 24 de abril de 2017.
Comunicação Setorial da Seduce