Vacinação contra aftosa alcança índice de 98,36% do rebanho, revela Agrodefesa
A campanha de vacinação realizada no mês de maio para imunização do rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa alcançou índice parcial de 98,36%, com 21,686 milhões de cabeças imunizadas, conforme levantamento realizado até o momento pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), com base nas informações do Sistema de Defesa Agropecuária do Estado de Goiás (Sidago).
De acordo com o presidente José Essado Neto, os números são parciais, porque os escritórios locais da Agência ainda estão realizando o lançamento de declarações de vacinação entregues pelos produtores por meio físico, cujo prazo final terminou em 7 de junho. A Agrodefesa tem até o fim deste mês para encaminhar o relatório final ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os produtores que deixaram de vacinar o rebanho e/ou vacinaram mas não apresentaram as declarações serão autuados conforme previsto na legislação. No primeiro caso, o criador inadimplente é multado em R$ 7,00 por cabeça de animal não vacinado e ainda será obrigado a fazer vacinação assistida por técnicos da Agrodefesa. Já os criadores que vacinaram, mas não apresentaram as declarações à Agrodefesa, serão multados em R$ 60,00 por propriedade não declarada.
Para a vacinação assistida, o produtor deverá procurar o escritório local da Agência no município em que fica sua propriedade, onde irá requerer a vacinação e também obter autorização para compra da vacina, já que a revenda só pode comercializar o produto mediante autorização da Agrodefesa. Após o período de vacinação assistida dos inadimplentes, que se desenvolve ao longo deste mês, a meta é que 100% do rebanho goiano esteja imunizado contra a aftosa, algo em torno de 22,223 milhões de cabeças.
Retirada da vacina
Após 24 anos sem registro de febre aftosa e reconhecimento do status de Estado livre da doença, com vacinação, Goiás caminha agora para a retirada da vacina, buscando o reconhecimento internacional de área livre da aftosa, sem vacinação. Para tanto segue todas as diretrizes do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, que prevê a suspensão da vacina no segundo semestre de 2021. Isso significa que, em maio daquele ano, todo o rebanho ainda deverá ser imunizado, suspendendo-se a aplicação na etapa de novembro e nos anos seguintes.
O PNEFA estabelece uma série de ações que se estendem de 2017 até 2026. Em Goiás, elas foram iniciadas ainda em 2017, quando da publicação do plano. O 1° Forum Goiás Livre de Febre Aftosa, ocorrido no dia 10 de maio deste ano, foi uma das ações realizadas pelo Grupo Gestor do PNEFA em Goiás, previsto no documento. O principal objetivo foi apresentar e discutir as ações definidas no plano e principalmente promover a conscientização das entidades e lideranças do segmento pecuário para a retirada da vacina e suas consequências. Outro evento semelhante deverá realizado no segundo semestre deste ano, além de outras ações de conscientização no interior do Estado.
Com informações da Agrodefesa
Foto: Wenderson Araujo/Sistema CNA
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