Governador lança Plano Nacional da Cultura Exportadora com ênfase nos pequenos e médios empresários
Goiás é um dos primeiros Estados a implantar projeto federal para ampliar exportações. Com parceria público-privada, é possível “desmistificar e buscar alternativas” para quem imagina que fazer operações com exterior é algo difícil, avalia Caiado.
O governador Ronaldo Caiado lançou, nesta quinta-feira, 27 de agosto, por videoconferência, o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) em Goiás. O Estado é um dos primeiros do País a iniciar oficialmente a execução do projeto do Governo Federal, que tem como objetivo ampliar o número de exportadores brasileiros. “Nosso grande desafio é dar ao pequeno e médio empresário a competência de disputar no mercado lá fora”, projetou.
Na reunião de apresentação das diretrizes, o governador garantiu que toda a política econômica do Estado atua com vistas a incentivar e a facilitar a vida do empreendedor que tanto gera emprego e renda ao Estado. “Existe um sentimento de que fazer essa operação com o exterior é algo difícil, com várias barreiras. Mas nós temos um sistema de governo para desmistificar e buscar alternativas”, relatou.
A videoconferência contou com a participação do vice-governador Lincoln Tejota, mediação do secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Adonídio Neto, e de representantes de diversas entidades, incluindo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Caiado ainda chamou atenção para a criação de um ambiente seguro de trabalho, em que os empreendedores tenham confiança de dar o passo rumo à exportação. Desde 2019 o Estado desenvolve esse papel de fomentador.
O governador mencionou, como exemplo, os incentivos para que as empresas se instalem em Goiás – somente este ano já foram 90 protocolos assinados, com previsão de investimentos R$ 4,1 bilhões e geração de mais de 40 mil empregos no Estado. Listou, ainda, a desburocratização que facilitou o acesso a créditos e, mais recentemente, a internacionalização do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia.
Todos esses esforços já apresentam resultados, mesmo em meio ao cenário de pandemia. O governador lembrou que Goiás foi, em julho, o 9º colocado como Estado mais relevante na exportação. No acumulado de janeiro a julho de 2020, ficou em 8º lugar, quando exportou quase US$ 5 bilhões, número 22,7% maior que o mesmo período do ano anterior. “Dados demonstram que estão comprando cada vez mais produtos goianos”, sublinhou. Ele ainda opinou que, com o lançamento do PNCE, a capacidade produtiva de Goiás no cenário internacional vai melhorar.
O vice-governador Lincoln Tejota destacou as particularidades que potencializam o Estado, como sua dimensão territorial e a localização geográfica. Também mencionou a importância do bom relacionamento junto ao Governo Federal, o que garantirá a conclusão de importantes obras, como a Ferrovia Norte-Sul e a duplicação da BR-153, que é uma das principais rotas de escoamento dos produtores goianos, e a parceria da gestão estadual com diversos setores da sociedade. “O goiano é um povo empreendedor, e que precisa de incentivos”, complementou.
O secretário Adonídio Neto alertou que Goiás e também o Brasil têm como foco no comércio exterior a venda de commodities. Ele defendeu que é preciso ampliar essa cultura e que o PNCE é o caminho para que os produtos manufaturados no Estado cheguem a outros países. “O mercado está aberto, mas o empresário precisa ter uma cultura de fazer negócios com outros países. Produzir em reais e vender em dólares é um atrativo e tanto”, comentou Adonídio.
O superintendente de Produção Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia, que representou o secretário Antônio Carlos de Souza Lima Neto no evento, destacou que o programa será igualmente importante para o agronegócio goiano, na medida em que vai poder dar vazão a agregação de valor aos produtos originários do setor agropecuário. "O agronegócio é responsável por praticamento 80% das exportações do Estado de Goiás, mas sabemos que precisamos cada vez mais agregar valor, agroindustrializar esses produtos. Com isso, mesmo pequenos negócios podem ganhar visibilidade internacional, com possibilidades para sucos, vinhos, queijos, carnes e derivados, entre outros produtos. Temos um agro muito forte, muito pujante, mas não podemos parar de pensar no próximo passo", enfatizou Donalvam.
Rede de apoio
O Plano Nacional da Cultura Exportadora prevê a criação de uma rede de apoio às empresas goianas, que será formada por diversas instituições públicas e privadas. Esse somatório de forças resultará numa maior inserção dos goianos no cenário internacional. Na videoconferência de lançamento do projeto, o gerente de competitividade do Sebrae, César Rissete, destacou que Goiás “começou com o pé direito” por ter reunido representantes de mais de 10 entidades e autoridades. Ele ainda endossou a fala de Caiado, no sentido de focar nos pequenos negócios. “É um espaço de oportunidade e inclusão.”
Já a gerente de serviços de internacionalização da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), Sarah Saldanha, declarou que o momento de crise, causado pela pandemia, requer maior alinhamento entre o setor público e o privado. E que o comércio exterior será uma saída estratégica para acelerar o desenvolvimento. “Nosso papel é sermos parceiros das empresas para que consigam efetivamente manter-se no comércio internacional”, informou.
Também presente na videoconferência, o senador Luiz do Carmo parabenizou o governador Ronaldo Caiado por fazer do PNCE uma realidade em Goiás. “Além de contribuir para que o empreendedor cresça, [o projeto] permite que toda a economia seja movimentada. Se atrai investimentos, o Estado só tem a crescer”.
Participaram da reunião representantes do Ministério da Economia, dos Correios, do Porto Seco Centro-Oeste, secretários de Estado, deputados estaduais e federais, além de representantes de diversas entidades, como a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) e universidades.
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás