Goiás reforça importância do vazio sanitário da soja para controle da ferrugem asiática
Até 24 de setembro, não será permitido plantar ou manter plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento em lavouras
A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa) reforça a importância do vazio sanitário da soja, que começa no dia 27 de junho e se estende até 24 de setembro. Durante esse período, não será permitido plantar ou manter plantas vivas de soja em qualquer fase de desenvolvimento, incluindo as tigueras, que são plantas de soja que germinam após a colheita.
“O vazio sanitário é uma medida crucial para a sanidade vegetal e a manutenção da alta produtividade da soja em Goiás”, afirma o secretário Pedro Leonardo Rezende, da Seapa. “Ao eliminar as plantas hospedeiras do fungo causador da ferrugem asiática, essa medida contribui para a minimização de custos na prevenção e no controle da doença, garantindo a sustentabilidade da cultura.”
A partir de 25 de setembro, os produtores poderão iniciar o plantio da safra 2024/2025, com prazo final até 2 de janeiro de 2025. O cadastro das lavouras no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) deve ser feito até 15 dias após o término da semeadura.
O cadastramento das lavouras é fundamental para que a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) possa identificar e orientar os produtores sobre a importância do cumprimento dos calendários, evitando prejuízos e garantindo a alta produtividade da soja em Goiás.
Goiás é o terceiro maior produtor de soja do país, com mais de 17,7 milhões de toneladas cultivadas na safra 2022/2023, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). “Esse resultado é fruto do compromisso dos produtores goianos com as boas práticas agrícolas e o cumprimento das medidas fitossanitárias, como o vazio sanitário”, destaca o secretário.
O vazio sanitário da soja é uma medida preventiva adotada em Goiás desde 2004, com resultados comprovados pela pesquisa científica. “Reforçamos a importância da colaboração de todos os produtores para o sucesso do vazio sanitário, uma vez que a ausência total de plantas de soja nesses 90 dias é bastante eficaz na prevenção e controle da ferrugem asiática e, por consequência, para a manutenção da posição de destaque de Goiás na produção de soja no Brasil”, conclui o secretário Pedro Leonardo Rezende.
A prorrogação do calendário da soja na safra 2023/2024, devido às condições climáticas desfavoráveis, foi uma medida excepcional e não altera o calendário do vazio sanitário ou da semeadura na safra 2024/2025.
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – Governo de Goiás