Emater mobiliza pequenos produtores de Uruana a iniciarem serviço de delivery como alternativa à suspensão de feiras livres

Conhecida como a capital nacional da melancia, Uruana, município localizado na mesorregião do Centro Goiano, reserva também inúmeras atrações que movimentam a população e a economia da cidade. Uma delas é a Feira do Produtor Rural, que acontece semanalmente às terças e quintas-feiras, reunindo pequenos produtores rurais e moradores da região. Apesar deste cenário não ter sido o mesmo nos últimos dias, com a ajuda do Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), os feirantes encontraram uma alternativa.

Com o Decreto nº 9.633, assinado no último dia 13 de março pelo governador Ronaldo Caiado, foram suspensas atividades comerciais, inclusive feiras livres, que provoquem aglomerações de pessoas. Seguindo as recomendações dos órgãos de saúde, a intenção é conter a proliferação do novo coronavírus, causador da Covid-19, uma infecção respiratória que tem acometido milhares de pessoas em todo o mundo.

Uma iniciativa da unidade local da Emater em Uruana buscou uma saída para que os pequenos produtores rurais e feirantes do município continuassem comercializando seus produtos, levando o alimento para a mesa da população. Assim que a determinação foi publicada, a engenheira agrônoma da Agência Estadual, Ana Rita Winder, mobilizou produtores – por meio de um aplicativo de mensagens instantâneas para smartphones – para iniciarem um serviço de delivery.

“O que seria feito com esses alimentos produzidos? Seriam jogados fora. Além de evitar o desperdício, o delivery é importante porque muitos agricultores dependem exclusivamente da renda obtida pela feira, então muitos passariam necessidade”, explicou Ana Rita.

A maioria dos feirantes aderiu ao novo sistema, somando 27 participantes. Os produtos incluem uma variedade imensa de alimentos, entre hortaliças, queijos, café, carnes, leite, bolos, pamonhas, frutas e conservas. Segundo Ana Rita, os agricultores que têm residência fora do perímetro urbano do município realizam as entregas nos dias em que a feira acontecia originalmente. Já aqueles que moram na cidade fazem o delivery durante qualquer dia da semana, conforme a demanda dos consumidores. Os pedidos são feitos via WhatsApp diretamente com os números celulares dos feirantes.

A engenheira agrônoma destacou também que todas as orientações de segurança emitidas pelo Governo de Goiás estão sendo seguidas. “Todas as medidas foram repassadas, como a importância da higienização das mãos, a utilização de álcool gel e evitar contato físico com o comprador. Além disso, eles estão utilizando máscaras no momento da entrega”, ressaltou.

Apesar da mudança de rotina, os trabalhadores contam que têm tido uma experiência positiva. É o caso do casal de agricultores Juliene Patrícia de Rezende Santos e Ires Alves dos Santos, que trabalham com hortaliças e há seis anos contam com a Feira do Produtor Rural como fonte de renda da família. Além das verduras, eles comercializam carnes e irão começar a produzir doce de leite. “Estamos com poucas verduras por conta da diminuição das chuvas, mas estamos vendendo bem. Para nós é importante, porque se passa da hora da colheita, os alimentos estragam”, afirmou a esposa sobre o serviço de entregas.

A agricultora familiar Rosangela Silva Paulo, que cultiva frutas, verduras e legumes, como alface, cebolinha, pepino, maracujá e limão, também está satisfeita com a empreitada. “Nós como pequenos produtores temos que trabalhar para sobreviver, então a feira é importante para a vida de cada um”, disse. Assim como ela e o casal dos Santos, a feirinha é a única fonte de renda de diversos pequenos produtores da região.

Como Rosangela mora na zona rural de Uruana, estabeleceu um ponto para armazenar seus produtos na casa de sua sogra, que fica no município. O novo sistema está sendo bastante proveitoso, especialmente para ela, que trabalha com produtos rapidamente perecíveis. Com o delivery, a produtora relatou que as vendas não só estão indo bem, como aumentaram, abrindo novos horizontes para suas atividades enquanto produtora rural.

 

Informações da Emater.

Comunicação – Contatos da Seapa, Agrodefesa, Ceasa Goiás e Emater
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa): (62) 3201-8925
Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa): (62) 3201-3546
Centrais de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa Goiás): (62) 3522-9000
Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater): (62) 3201-8767

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