Começa o vazio sanitário da soja em Goiás
Começou no dia 1º de julho e se estende até 30 de setembro o vazio sanitário da soja, período no qual não pode haver plantas vivas dessa cultura no campo. O alerta é da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), com base na Instrução Normativa nº 08, de 6 de novembro de 2014. O vazio sanitário é uma estratégia adicional no manejo da ferrugem asiática da soja, e tem como objetivo reduzir a quantidade de uredósporos do fungo no ambiente durante a entressafra e, dessa forma, reduzir a possibilidade de incidência precoce da ferrugem nos cultivos da safra de verão, cujo plantio é liberado a partir de 1º de outubro e se estende até 31 de dezembro. A medida já é adotada em Goiás desde o ano de 2006.
A Gerência de Sanidade Vegetal da Agrodefesa é responsável pela divulgação da Instrução Normativa, mas também faz acompanhamento e fiscalização das áreas cultivadas com soja para verificar o cumprimento da medida. Além da fiscalização da Agrodefesa, é fundamental que os produtores colaborem e eliminem todas as plantas voluntárias da safra anterior. O resultado esperado é o atraso no surgimento da ferrugem na safra seguinte, o que reduzirá o número de aplicações de fungicidas e menos gasto para o produtor. O vazio sanitário não elimina a incidência da ferrugem, mas minimiza muito o problema, com ganhos econômicos, fitossanitários, sociais e ambientais para os produtores e para a população como um todo.
Cultivo autorizado
O artigo 8º da Instrução Normativa nº 08/2014 estabelece alguns casos em que a Agrodefesa poderá autorizar a semeadura e a manutenção de plantas vivas no período do vazio sanitário: cultivo em áreas dos projetos públicos de irrigação em Goiás (Luís Alves do Araguaia) e cultivo em ambiente protegido para pesquisa (estufas agrícolas e casas de vegetação). Neste caso, os pesquisadores precisam apresentar à Agrodefesa até dia 30 de abril de cada ano o requerimento para cultivo juntamente com o plano de trabalho detalhado e Termo de Compromisso e Responsabilidade, em modelos definidos pela Agência.
Ao longo de todo o período do vazio sanitário, os fiscais da Agrodefesa intensificam as atividades no campo, fiscalizando o cumprimento da medida, mas o comprometimento do produtor é fundamental para o alcance dos objetivos. Os produtores que descumprirem as regras previstas na legislação fitossanitária serão penalizados com multa de R$ 250,00 por hectare e com outras sanções previstas na Lei Estadual de Defesa Vegetal nº 14.245, de 29 de julho de 2002, regulamentado pelo Decreto nº 6.295 de 16 de novembro de 2005 e na Lei Federal nº 9.605 de 1998.
Informações da Agrodefesa
Comunicação – Contatos da Seapa, Agrodefesa, Ceasa Goiás e Emater Goiás
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa): (62) 3201-8909
Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa): (62) 3201-3546
Centrais de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa Goiás): (62) 3522-9000
Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater Goiás): (62) 3201-8767
Foto: Wenderson Araujo/Sistema CNA