Agrodefesa avalia qualidade de sementes ofertadas a produtores rurais
Semeadura de materiais propagativos de má qualidade acarreta prejuízos aos agricultores, pela necessidade de replantio e exigência maior de insumos.
A qualidade das sementes é um dos fatores mais importantes no processo de produção de grãos e na formação de pastagens. Nesse momento, em que se aproxima o período chuvoso e o plantio da nova safra de verão, garantir a oferta de materiais propagativos com qualidade é uma das prioridades da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
Para isso, a Gerência de Fiscalização Vegetal amplia a fiscalização da venda de sementes nos estabelecimentos comerciais, em todo o Estado. A meta é assegurar que os materiais propagativos tenham origem, fitossanidade e identidade conhecidas, em conformidade com as normas e os padrões de qualidade exigidos na legislação pertinente.
O presidente da Agência, José Essado, ressalta que o uso de sementes de má qualidade pode ocasionar grandes prejuízos aos produtores. Conforme diz, quando isso ocorre, quase sempre é necessário fazer nova semeadura, com desperdício de tempo e insumos, o que eleva os custos. Daí a importância das ações da área técnica da Agência.
Até dezembro deste ano, a previsão é realizar mais de 300 coletas de amostras de sementes de soja, milho, feijão e forrageiras ofertadas no mercado. Os materiais são obtidos em lojas comerciais, selecionadas de forma aleatória, e também em fazendas que já compraram sementes e estão aguardando a melhor época para a semeadura.
Os produtores rurais que desejarem a realização de coleta em suas propriedades podem entrar em contato com a Agrodefesa para o agendamento da visita dos fiscais, visando a realização da amostragem das sementes.
Procedimentos
As amostras são retiradas em duplicatas, isto é, duas caixinhas de cada lote. Uma delas é encaminhada para análise laboratorial e a outra, devidamente lacrada pelo fiscal da Agrodefesa, fica em poder do produtor ou lojista para contraprova, se for necessário.
No caso de forrageiras, as sementes coletadas passam por um processo de homogeinização, um procedimento fundamental para a próxima etapa que é o teste de pureza. De modo geral, todas as etapas de coleta e análise de amostras cumprem uma série de normas e determinações legais, para garantir a lisura de todo o processo.
As amostras são encaminhadas para o Laboratório de Controle de Qualidade de Sementes e Mudas (Laso/LabSem) da Agrodefesa, que faz acurada análise dos materiais, determinando a identidade e a qualidade por meio de procedimentos padrões estabelecidos na legislação. Vale ressaltar que o laboratório é credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e recebeu reconhecimento formal por sua excelência técnica.
Os materiais são submetidos a análise de pureza, determinação de outras sementes por número, teste de germinação, análise de sementes revestidas, teste de tetrazóleo (viabilidade), exames de sementes infectadas (danificadas por insetos) e outras provas científicas.
Após essas etapas, o laboratório encaminha o Boletim de Análises de Sementes à Gerência de Fiscalização Vegetal. Se o lote analisado estiver fora do padrão, a Agrodefesa oferecerá ao produtor a possibilidade de reanálise, podendo inclusive indicar seu responsável técnico para fazer o acompanhamento.
Em caso de comprovação de produtos de má qualidade, a Agrodefesa emite auto de infração e aplica multa ao produtor da semente. Em determinados casos, também pode retirar os materiais do mercado, evitando que os agricultores tenham prejuízos. De posse do Boletim de Análise, o produtor rural que se sentir lesado, pode entrar em contato com o sementeiro ou com o comerciante, para resolver o problema.
Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás – 3201-3546