Artigo – A diferença no agro em 2020
Antônio Carlos de Souza Lima Neto*
Estamos às vésperas de virada de ano. É tempo de avaliar o que podemos tirar de aprendizado para 2021. É unânime que vivemos dias difíceis, com grandes desafios, mas em nenhum momento a agropecuária deixou de cumprir o seu papel como mola propulsora da economia de Goiás. Produzimos e abastecemos a população, assim como exportamos alimentos e criamos emprego e renda para milhares de famílias no Estado.
Cercados de medidas de segurança, produtores e trabalhadores rurais foram a campo e os resultados positivos nós acompanhamos neste ano. A safra de grãos 2019/2020 foi recorde em Goiás, com 27,5 milhões de toneladas produzidas, um aumento de 8,9% sobre a safra anterior. O número expressivo se deve a vários fatores, desde aumento da área plantada, produtividade até compromisso do homem do campo.
É impossível falar dos bons números do agro sem citar o impacto das exportações para a economia goiana. De janeiro a novembro, o agronegócio acumulou a marca de US$ 6 bilhões em exportações, o que representa 79,6% do total comercializado pelo Estado. Do complexo soja às carnes, de açúcares às frutas, pudemos ampliar mercados e avançar na diversificação da pauta, propiciando oportunidades para diferentes cadeias produtivas.
Esses dados representam alimento na mesa das famílias, emprego e renda no campo e nas cidades. Atividades que foram impactadas pela pandemia, como indústria e comércio, iniciaram um processo de retomada econômica nos últimos meses, em sua maioria, puxados pela agropecuária. Goiás possui perfil agro e a matéria-prima produzida pelo setor é aproveitada por esses segmentos econômicos, principalmente na fabricação de alimentos.
O trabalho do Governo de Goiás, sob o comando do governador Ronaldo Caiado, foi um diferencial para o agro em 2020. Foram criadas medidas para conter a disseminação da Covid-19 e garantir a manutenção de serviços essenciais à população. É o caso do projeto que permitiu, no início da pandemia, o retorno de feiras livres de hortifrutigranjeiros, seguindo orientações de boas práticas de operação e comercialização. Além de possibilitar condições higiênico-sanitárias aos comerciantes e consumidores e o abastecimento de alimentos, o projeto Feira Segura contribuiu para que pequenos produtores comercializassem seus itens, garantindo renda, em um período crítico, para famílias em Goiás.
O agro não parou suas atividades. Fomos desafiados a criar novas formas de atuar, de nos relacionarmos e de levar o alimento até a população. O agro fez a diferença em 2020 e temos a certeza que, nos próximos anos, contribuiremos ainda mais para desenvolver e fortalecer o Estado de Goiás.
Antônio Carlos de Souza Lima Neto é secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Artigo publicado originalmente no jornal O Popular, em 31 de dezembro de 2020)