Governo reforça compromisso com a cadeia do leite e lança índice de referência para preços recebidos pelos produtores

Durante solenidade no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, Caiado afirmou que o indicador vai sanar uma antiga divergência entre produtores e indústria, em relação à previsibilidade do preço do leite, aumentando a competitividade do setor e contribuindo para o desenvolvimento de toda a cadeia

Demanda antiga dos produtores rurais da cadeia láctea, a questão da precificação do leite poderá ser melhor trabalhada junto à indústria de laticínios agora, graças a uma iniciativa do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mauro Borges (IMB), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite). Trata-se do Índice de Preços de Derivados Lácteos, lançado nesta sexta-feira, 20 de dezembro, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia.

De acordo com o governador Ronaldo Caiado, a iniciativa deverá proporcionar maior transparência, integração, cooperação e competitividade à cadeia leiteira goiana. "O Estado tem a função de promover o equilíbrio para buscar a permanência da atividade de todos. E a atividade leiteira é contínua, fundamental para o Estado. Cuidar das pessoas no campo para nós é crucial”, afirmou. O governador disse, ainda, que o índice deverá ser referência para o País ao propor uma solução para toda a cadeia leiteira. 

Conforme explicou o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, a questão de previsibilidade do preço do leite causava conflito entre os elos da cadeia produtiva. “Tínhamos, em lados divergentes, os produtores de leite e as indústrias de laticínios, em meio a incertezas quanto à composição e previsibilidade do preço do leite pago ao produtor rural. Os laticínios diziam que não tinham condições de informar os preços de forma antecipada, pois o mesmo varia conforme bonificações de volume e qualidade – fatores conhecidos apenas após a entrega desse produto”, explicou. 

Ele relembrou, ainda, que na busca por uma solução, o Governo de Goiás, por meio da Seapa, mediou a criação, em agosto deste ano, da Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea do Estado de Goiás, voltada para atender aos anseios de produtores de leite e das indústrias de laticínios. "Com a Câmara, pudemos ouvir os lados envolvidos e pensar em soluções que atendessem aos anseios de produtores de leite e das indústrias de laticínios de forma a integrar e promover cooperação e maior transparência entre os membros da cadeia produtiva do leite. Chegamos a esse índice, como denominador comum desse debate, que vai gerar maior competitividade no Estado", salientou. Ele destacou, também, que pela sinergia do trabalho da Câmara Técnica, várias ações puderam ser desencadeadas, dentre elas o diagnóstico do leite, pela Faeg; os manuais de boas práticas (Agropecuária e de Transportes), por parte do Sindileite; e uma grande ação na regulamentação do Selo Arte, sobretudo para a produção de queijo artesanal, por meio da Agrodefesa, que vai abrir portas para uma série de empreendedores.

Para o presidente da Faeg, deputado federal José Mário Schreiner, a presença do governo, nessa questão, foi muito importante para mediar as divergências encontradas. “Esse índice vai criar novas relações entre produtores e indústrias, abrindo espaço para o aumento da competitividade”, reforçou. O deputado também entregou uma cópia do diagnóstico da cadeia do leite ao governador Ronaldo Caiado e destacou algumas questões apontadas pelo relatório que reforçam o crescimento e a importância da cadeia, a exemplo do uso da ordenha mecânica que, em um período de dez anos, cresceu de 24% para 61%.

Já para o deputado estadual Amauri Ribeiro, o dia pode ser considerado histórico tanto para os produtores, quanto para os laticínios. “O setor precisa andar de mãos dadas e essa previsibilidade é uma das maiores conquistas para a estabilidade do produtor, para ele poder se planejar. É um diálogo sensato que só foi possível pela intercessão do governador Ronaldo Caiado e do secretário Antônio Carlos”, frizou.

O presidente do Sindileite, Alcides Augusto da Fonseca, disse ainda que as indústrias devem ganhar, uma vez que deverá aumentar a quantidade de leite disponibilizada pelos produtores. Ele acredita que, com a medida, o Estado poderá recuperar, em breve, a colocação no ranking nacional da produção de leite, indo do atual quarto lugar para o segundo lugar.

O Índice
Aproveitando a expertise do Instituto Mauro Borges (IMB), o indicador é calculado a partir da variação dos preços de uma cesta de derivados lácteos que representa o mix médio, ou representativo, de derivados produzidos pelos laticínios no Estado de Goiás. É feito com base em informações dos preços no atacado de produtos lácteos selecionados, por meio de ponderações sugeridas pelos representantes dos produtores de leite e indústrias de laticínios.

Não é um preço de referência. É um índice que mostra a variação do apurado entre o mês corrente à reunião da Câmara Técnica e o mês imediatamente anterior a ela, utilizado como referência para a correção dos preços do leite in natura, pagos aos produtores no mês posterior à reunião. Na cesta avaliada são considerados cinco produtos: leite UHT integral, leite em pó integral, queijo muçarela de barra, leite condensado e creme de leite à granel. O cálculo leva em consideração os preços recebidos pela indústria no mercado atacadista. É levantado o preço médio de cada derivado e depois a variação total do índice de preços da cesta de derivados a partir da média ponderada das variações de cada produto. Esses números, então, serão publicados todo mês no Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano pelo Instituto Mauro Borges e servirão de referência para o pagamento no mês corrente de entrega da matéria-prima.

Selo Arte
Durante a solenidade, além da apresentação do relatório do Índice de Preços de Derivados Lácteos, foi assinada a Instrução Normativa da Agrodefesa que regulamenta a implantação do Selo Arte, em Goiás. A medida é voltada à produção artesanal de queijos, no Estado, com o objetivo de regularizar a produção, gerando renda ao produtor, qualidade e controle de sanidade dos produtos ofertados à sociedade.

Comunicação Setorial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Comunicação – Contatos da Seapa, Agrodefesa, Ceasa Goiás e Emater
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa): (62) 3201-8909
Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa): (62) 3201-3546
Centrais de Abastecimento do Estado de Goiás (Ceasa Goiás): (62) 3522-9000
Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater): (62) 3201-8767

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