Setor agropecuário é o que mais gera empregos em Goiás no mês de julho
No acumulado do ano, saldo também é positivo: Goiás é o melhor na região Centro-Oeste. A projeção para o segundo semestre, segundo a Secretaria Estadual de Agricultura, é ainda melhor
O setor agropecuário em Goiás foi o que mais gerou empregos no mês de julho, aponta dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Das 2.644 vagas abertas, 1.167 vieram do campo, o que representa 44% do total. O Caged analisa ainda outros sete setores em sua estatística: indústria de transformação, construção civil, comércio, serviços, administração pública, serviços industriais de utilidade pública e extrativismo mineral.
Os dados também revelaram que, no acumulado do ano, Goiás está em primeiro lugar na geração de empregos na região Centro-Oeste. O saldo é de mais de 31 mil vagas abertas, 24% a mais do que o segundo colocado, Mato Grosso, estado que tem também na agropecuária um bom sustentáculo da economia. Quando se compara somente os números do agronegócio, no acumulado do ano, Goiás continua na liderança: 10.029 novos postos de trabalho, 3 mil a mais do que Mato Grosso e quantidade superior à soma de Distrito Federal e Mato Grosso do Sul juntos.
“Estamos num contexto de crise, mas, mesmo assim, Goiás tem conseguido superar os obstáculos e abrir mais vagas de emprego. E o agronegócio sempre foi forte em nosso Estado. Nosso compromisso é o de continuar dando dignidade aos produtores rurais e à sociedade, acabando com as desigualdades regionais e promovendo a melhoria de qualidade de vida para os goianos. Nesta última semana, por exemplo, assinamos um termo de compromisso com a Enel para que ela regularize a distribuição de energia em nosso Estado. O homem do campo e o da cidade não vão ser prejudicados pela ineficiência de uma empresa estrangeira. Goiás, agora, tem governador”, faz questão de frisar o governador Ronaldo Caiado.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, destaca que a diversidade produtiva do agro goiano permite que o segmento siga como um dos principais impulsionadores da economia do Estado. “O agro possibilita a criação de emprego e renda e contribui para movimentar a economia nas cidades goianas, favorecendo até mesmo outras cadeias econômicas, como serviços, comércios e indústrias. É um setor que traz benefícios para quem vive no campo e para aqueles que estão nas cidades”, reforça.
Já o superintendente de Produção Rural e Sustentável da Seapa, Donalvam Maia, explica que diferentes fatores foram responsáveis por esses resultados na criação de empregos no setor agropecuário em Goiás. “Podemos elencar a sazonalidade e as questões climáticas que proporcionaram aumento de produção em municípios representativos no agronegócio, principalmente para cultivos de inverno. Cristalina destacou-se com 1.550 novos postos de empregos em julho, sobretudo no cultivo de soja e demais lavouras temporárias, como alho, cebola, entre outros”, afirma.
Depois de Cristalina, o Caged apontou que Caldas Novas e Aparecida de Goiânia são os municípios com o maior número de abertura de vagas em julho, embora o valor absoluto seja cinco vezes menor do que o município que têm no agro sua principal fonte de riqueza. No acumulado do ano, além de Cristalina, tiveram destaque Goiânia, Rio Verde e Goianésia. No ranking nacional, Goiás está em sexto lugar entre os estados que mais geraram empregos no mês de julho. “Considerando o setor agropecuário – que envolve agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura –, nosso Estado é o quarto maior empregador no País, perdendo apenas para São Paulo, Mato Grosso e Pernambuco, nesse mês de julho”, ressalta Caiado.
Projeção
Para o titular da Seapa, a expectativa é grande para o segundo semestre, porque o Estado está passando por uma safra recorde e isso reflete na criação de postos de trabalho e no desenvolvimento do Estado. “O trabalho no campo ajuda a movimentar as cidades e é bom para a economia, porque aumenta as vendas, o poder de compra e a renda das famílias. Quando o agro está aquecido e fortalecido, o impacto é direto nos outros setores”, enfatiza.
No balanço de seis meses de gestão apresentado pelo secretário Antônio Carlos Neto, no último mês de julho, foram citadas várias ações que justificam a retomada do crescimento do agronegócio goiano, a começar pela própria recriação da pasta da Agricultura, que estava diluída em outra secretaria estadual. “Era uma anomalia. Impediram o setor mais eficiente, responsável pela maior receita do seu Estado e com maior oferta de emprego, de ter uma secretaria específica. Era uma total inversão de valores”, ressaltou Caiado na oportunidade.
Entre as principais realizações do setor em 2019 estão: regularização de mais de R$ 195 milhões em convênios, termos de cooperação e contratos de repasse; entrega de 306 máquinas para 193 prefeituras – somando investimento de R$ 113 milhões; aprovação de mais de R$ 917 milhões do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) Rural; retomada de projetos de irrigação abandonados; criação da “Câmara Temática de Estratégia, Competitividade e Políticas Públicas do Agronegócio do Estado de Goiás: O Agro é de Todos”, com 42 entidades; entrega do Serviço de Atendimento ao Produtor Goiano, que é a padronização das regionais da Emater e Agrodefesa no Estado; a assinatura de contrato para entrega de 212 retroescavadeiras às prefeituras goianas por meio de contrato de repasse de patrulha mecanizada; a assinatura de Termo de Cooperação do Programa de Aquisição de Alimentos (PPA) – Sementes, com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre outros.
Informações do Governo de Goiás.