Black Friday: Procon Goiás dá orientações de como aproveitar as promoções e evitar golpes
Uma das datas mais estratégicas para o comércio e um dos maiores eventos do calendário varejista, a Black Friday, este ano, é dia 29 de novembro, mas o comércio se antecipou e já anuncia promoções durante todo o mês. O consumidor deve ter cuidado, já que por trás de ofertas irresistíveis pode haver armadilhas.
O Procon Goiás já se dedica ao trabalho prévio de monitoramento de preços para evitar a prática conhecida como “metade do dobro”, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população.
Uma vantagem em favor do consumidor é a Lei Estadual 19.607/2017, que obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. A relação deve ser afixada e de fácil visualização dos consumidores.
Para auxiliar os consumidores a comparar os preços e assim garantir uma economia real, em breve uma pesquisa de preços será divulgada no site do órgão. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, para evitar as falsas promoções é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços.
Dicas de compras
Faça uma lista do que realmente lhe faz falta e estipule um orçamento. Entrar em uma loja ou em um site durante a Black Friday é um apelo ao consumo e, por isso, é preciso cuidado.
Antes de comprar um produto informe-se se pode trocá-lo. As lojas não são obrigadas a aceitar a troca ou a devolução de um produto sem defeito, ainda que muitos comerciantes o façam por cortesia ou para fidelizar clientes.
É permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e on-line. “Essa variação é justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor”, explica o superintendente do Procon Goiás.
Em relação ao pagamento, tenha cuidado. Quando optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ.
Compre em sites confiáveis
Durante a Black Friday, aumenta o volume de compras feitas pela internet. Por isso, é importante ter atenção! Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo “https”, que garantem uma conexão segura.
Outra dica é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra. “Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos”, alerta Marco Palmerston.
Também é preciso redobrar a atenção com as fraudes realizadas através de sites falsos, que se multiplicam nesta época do ano, em decorrência de maior volume de compras.
Política de trocas
O Código de Defesa do Consumidor no Brasil garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras on-line. Assegure-se de que a empresa oferece suporte eficiente para resolver problemas com produtos defeituosos ou que não atendam às expectativas.
No caso de produtos com defeito, o CDC estabelece prazos para reclamações: são 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Se o fornecedor não resolver o problema em 30 dias, o consumidor pode exigir troca, devolução do valor ou abatimento proporcional.
Expectativa do comércio
Um levantamento da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) Goiânia projeta que a Black Friday deste ano deve atrair 64% dos consumidores da capital para as compras. Focando na população economicamente ativa de Goiânia, estima-se que aproximadamente 557 mil pessoas vão aproveitar a data de promoções.
Segundo o levantamento, o ticket médio por item deve ser de R$ 293,75, com expectativa de que cada cliente adquira, em média, três produtos. Com isso, o comércio local pode movimentar mais de R$ 250 milhões.