Pesquisa do Procon Goiás aponta variação de até 566% em preços de material escolar

Diferença ocorreu no lápis preto da Faber Castell, comercializado de R$ 0,30 a R$ 2,00. Levantamento foi feito com 79 itens de 15 estabelecimentos de Goiânia

Com a chegada de janeiro, algumas despesas são comuns como IPTU e IPVA. Nesta época, outro gasto preocupa quem tem filho, por apresentar um peso expressivo ao bolso: a compra do material escolar. Na intenção de auxiliar os pais na busca pelo menor preço e economia, o Procon Goiás realizou, nos dias 3 e 4 de janeiro, pesquisa de preços desses produtos. O levantamento foi feito com 79 itens em 15 estabelecimentos de Goiânia. A pesquisa completa, com relatório e planilhas, está disponível no site goias.gov.br/procon.

A maior variação foi de mais de 566% no lápis preto da Faber Castell, encontrado nas papelarias da capital de R$ 0,30 a R$ 2,00. Outra variação considerável (484%) ocorreu na lapiseira 7mm, com menor preço a R$ 2,50 e maior R$ 14,60. A cola branca líquida 90g, outro item essencial no estojo das crianças, apresentou diferença de preço de mais de 430% entre os estabelecimentos, sendo comercializada de R$ 2,49 a R$ 13,25. Para os pais que estejam em busca de caderno, é preciso pesquisar. Um caderno espiral capa dura 1 matéria foi encontrado pelos pesquisadores de R$ 8,90 a R$ 26,90, uma oscilação de mais de 200%.

Variação de preços entre 2023 e 2024

Comparando os preços médios dos produtos entre este ano e 2023, individualmente, foi apresentado aumento de mais de 100%. É o caso do estojo da Barbie, que ano passado teve preço médio de 24,90 e este ano de R$ 49,90. Outro produto com aumento anual expressivo, de mais de 38%, foi o giz de cera com 12 unidades da Faber Castell. Ano passado, tinha o preço médio de R$ 8,65 e agora em 2024 R$ 11,94. Mas também houve redução de preço em alguns produtos, como a cola bastão 20g. Em 2023, tinha preço médio de R$ 10,93 e este ano de R$ 8,43.

Atenção aos abusos em itens da lista de material escolar!

 O valor da mensalidade escolar é definido pela escola com base na planilha de custos, onde já estão inclusos todas as despesas de custeio, ou seja, os materiais de uso coletivo. Desta forma, nas listas solicitadas pelas escolas não devem constar produtos que não sejam para uso específico do aluno. O colégio não pode pedir material como álcool, tinta para impressora, papel higiênico, por exemplo.  

Quando surgir dúvida sobre algum item, questione junto à escola pra qual finalidade será utilizado. Por exemplo, há casos em que uma pequena quantidade de copos descartáveis ou pequena quantidade de papel higiênico, seja utilizado para trabalhos de arte com colagem e pintura, e não necessariamente para uso pessoal coletivo.

Vale lembrar que a escola também não pode exigir marca, modelo ou determinar o local da compra do material escolar. Cabe aos pais adquirirem os produtos nos estabelecimentos de sua preferência.

Dicas para economizar

Antes de ir às compras, pesquise os preços, para que não pese no orçamento familiar. Também é recomendado mais cautela na hora das promoções já que, em muitos casos, as lojas vendem produtos aparentemente mais baratos, mas na verdade, repassam um valor mais alto em outros produtos.

Algumas lojas concedem descontos para compras em grandes quantidades, portanto, sempre que possível, reúna grupo de consumidores e discuta sobre essa possibilidade com os estabelecimentos.

É importante também que os pais verifiquem quais os itens que restaram do período letivo anterior (tesouras, pastas, estojos de lápis de cor, canetas) e avaliem a possibilidade de reaproveitá-los.

Denúncias

O consumidor que quiser realizar denúncia, os canais do Procon Goiás são o telefone 151 (Goiânia) ou (62) 3201-7124 (interior). A reclamação pode ser feita ainda pelo Procon Web (proconweb.ssp.go.gov.br).

Confira o relatório da pesquisa.

Confira a planilha da pesquisa.

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