Plano Estadual de Recursos Minerais é pauta da reunião do Fórum Permanente de mineração
Secretário apresentou os documentos que estão sendo produzidos: Mapeamento de Oportunidades de Crescimento do Setor Mineral e o Plano Estadual de Recursos Minerais (PERM-GO)
Texto: Kharen Stecca (PERM-GO)
Fotos: Luna Apóstolo (PERM-GO)
Goiás é um dos principais estados mineradores do Brasil se destacando em alguns minérios como cobre, ouro, cobalto, níquel, nióbio, fosfato e vermiculita. Este é o terceiro setor mais importante da economia do estado, atrás apenas dos grãos e da carne. Atento ao potencial desta área o Fórum permanente do Setor de Mineração do Estado de Goiás, realizou sua primeira reunião no dia 2 de dezembro, no Auditório da Federação da Indústria do Estado de Goiás (FIEG). O Fórum foi criado dentro da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa e é conduzido pelo presidente do colegiado, deputado Virmondes Cruvinel (UB).
O deputado ressaltou que o objetivo desse espaço é unir forças do Executivo e Legislativo do estado e municípios para avançar na legislação, bem como nas ações do executivo e parcerias com instituições privadas e acadêmicas para alavancar o setor. A primeira reunião trouxe diversos painéis de discussão importantes para o setor, entre eles a apresentação da proposta do Mapeamento de Oportunidades de Crescimento do Setor Mineral, que está sendo produzido com a Universidade Federal de Goiás e do Plano Estadual de Recursos Minerais (PERM), produzido em parceria com a Universidade Federal de Catalão (UFCat). Ambos foram apresentados pelo Secretário Estadual da Indústria e Comércio (SIC), Joel Sant´Anna Braga Filho.
O Presidente do Sindicato das Indústrias Extrativas do Estado de Goiás, Luis Antônio Vessani, ressaltou que o DNA de Goiás está ligado à mineração e que o Fórum é uma agenda importante para resultados futuros no setor. Vessani também destacou a necessidade de divulgar a importância da mineração e fazer com que a população perceba como ela é feita, de forma criteriosa e com foco na sustentabilidade e como a população pode se beneficiar desse setor, com ganhos para a qualidade de vida da sociedade.
Ele trouxe algumas características que precisam ser focadas pelos municípios que começam o planejamento de exploração do setor: “a atividade é exaurível, ou seja, ela tem prazo para acabar e é preciso lembrar disso na aplicação dos recursos advindos dessa exploração que devem trazer outros benefícios para a população a longo prazo”.
Claudenir Bonatto, Diretor de Educação e Tecnologia do SesiSenai apresentou o projeto do Colégio Municipal Professor Divino Bernardo Gomes, que hoje tem gestão administrativa e pedagógica do SESI, em Alto Horizonte. Por meio de parceria com a prefeitura, o SESI implementou inúmeros benefícios no colégio que atende hoje mais de mil alunos e oferece diferenciais como cultura maker, robótica, educação empreendedora, inglês, psicologia escolar, conhecimentos em gestão financeira e reforço em redação e interpretação de texto. Mais de R $1 milhão foi investido no colégio. Toda essa mudança foi possível com a geração de recursos da mineração.
Números da mineração – O presidente da Câmara Setorial da Mineração (CASMIN), Wilson Borges, lembra que mais de 200 mil empregos devem ser gerados devido ao crescimento da mineração, sendo 15 mil diretos e indiretos. Estima-se injeção de R$ 30 bilhões em renda nos próximos três anos no Estado de Goiás. Ele ressalta que o PIB dos municípios que possuem investimentos em mineração é bem mais alto do que outros municípios. No entanto, lembra que como qualquer atividade econômica, a mineração tem impactos que precisam ser estudados e mitigados de forma responsável, e por isso a importância do Plano Estadual de Mineração e a manutenção do Fórum como ferramenta de discussão do setor.
Também foram apresentados temas como a Economia Colaborativa, com Rafael Barbosa, da X por Y Permutas Multilaterais, o olhar do mercado para as potencialidades minerais goianas, por Melissa Siqueira Borges, que é especialista em atração de investimentos da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação do Estado de Goiás (SEDI) e a necessidade de buscar a segurança jurídica da atividade de mineração em Goiás, com Bernardo Teles Machado, Presidente da Comissão Especial de Direito Minerário da OAB-GO.