Ferrovia Norte-Sul inicia operação em Goiás em 2020
O titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Wilder Morais; e o vice-governador Lincoln Tejota participaram nesta quinta-feira (21) de reunião com o presidente da Rumo Logística Malha Norte-Sul, Júlio Fontana, e diretores da empresa, concessionária da Ferrovia Norte-Sul (FNS), que apresentou aos membros do Governo do Estado o plano de implantação da ferrovia e cronograma de operações.
Segundo Júlio Fontana, a FNS começa a operar oficialmente em 2020, saindo de Anápolis em direção ao Norte do Estado até o Tocantins. Por força contratual, a empresa tem até 2021 para colocar em operação todo o trecho da Norte-Sul nos seus mais de 1.500 quilômetros de extensão.
Wilder Morais disse que finalmente, depois de mais de 30 anos, a Norte-Sul vai operar em território goiano gerando emprego e renda nos municípios. “Essa reunião de hoje com os executivos da Rumo é extremamente importante para conhecermos detalhes das ações da empresa, do seu planejamento e de que maneira nós do governo do Estado vamos ajudar a acelerar esse processo”, disse Wilder.
Os diretores da Rumo S.A. manifestaram que a empresa está focada em colocar a FNS em funcionamento o mais rápido possível. A partir dessa manifestação, de acordo com o secretário Wilder Morais, a SIC agora vai identificar pontos de convergência entre interesse dos empresários e para o desenvolvimento do Estado de Goiás.
Segundo o vice-governador Lincoln Tejota, em breve será demonstrado ao governador Ronaldo Caiado os detalhes do Programa de Desenvolvimento do Entorno da Ferrovia Norte-Sul, contemplando fomento a novas atividades do agronegócio, capazes de mudar a geografia econômica das regiões norte/nordeste de Goiás.
No caso da Rumo, os investimentos da companhia são estimados em R$ 2,72 bilhões. Segundo apresentação da empresa, o trecho Central ligando Anápolis a Porto Nacional (TO), está com construção finalizada, atualmente em diligência para averiguar o estado de conservação do leito ferroviário. O trecho Sul, até Estrela D´Oeste (SP), está em obras.
Com uma frota de 26.012 vagões e 832 locomotivas, a Rumo é considerada a maior operadora de ferrovias do Brasil. Júlio Fontana disse que num primeiro momento será feito transporte de cargas por contêineres, mas logo estará transportando todo tipo de produto. Criada em 2008, a empresa se fundiu com outra do ramo, a All, em 2015, e tem como carro-chefe o transporte de produtos do agronegócio.
Os diretores da Rumo demonstraram ainda a capacidade do grupo em operar a logística que integra os trechos da FNS também ao Porto de Santos e ainda com o Norte do país, no transporte de volumetria (grãos, açúcar, bauxita, fertilizantes e biocombustíveis) como também bens de consumo, inclusive em contêineres refrigerados, tanto saindo de Goiás como no retorno das viagens.
“Estamos prontos para receber o grupo e acompanhar o cronograma de operações. O Estado que nossa população quer está ligado à conclusão desses projetos”, assegurou Tejota. O vice-governador lembrou que Goiás tem potencial para avançar no comércio exterior, especialmente atendendo às necessidades dos países asiáticos. “Esses países precisam de nossos insumos. Goiás, com a criação dessa nova plataforma de transporte ferroviário abre um novo leque de desenvolvimento” afirmou ele.