A Comitiva diplomática da República do Zimbábue (África) fez nesta terça-feira (21) uma visita de negócios à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), com vistas à prospecção de negócios e oportunidades de troca de tecnologias em diversas áreas. A delegação africana foi recepcionada na SED pelo Secretário de Assuntos Internacionais do Governo de Goiás, Isanulfo Cordeiro, e pelo Superintendente Executivo de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que dividiram o receptivo com o vice-Presidente da Federação das Indústrias de Goiás (FIEG), Antônio Almeida; o Gerente do Centro Internacional de Negócios, Plínio Viana e técnicos do Governo goiano.

Da delegação africana participaram o embaixador do Zimbábue, Thomas Bvuma; o Ministro da Tecnologia da Informação, Supa Mandiwanzira; o Ministro Conselheiro, Charles Godfrey Machoba e outros membros do corpo diplomático. A pauta do encontro incluiu possibilidades de parcerias comerciais em produtos fármacos, agricultura, maquinários agrícolas e tecnologias diversas. O embaixador Bvuma declarou-se positivamente impressionado com o potencial de Goiás apresentado à comitiva, especialmente no setor de tecnologias, bem como potencialidades na produção agrícola, como o etanol, entre outras possibilidades de interesse identificadas.

Ele disse que “Zimbágue tem necessidade de investir fora do seu território devido às suas restrições climáticas. Em contrapartida oferecemos tecnologias, as potencialidades de participação no Mercado Comum Centro-Africano, entre outras facilidades de mercado. Como oportunidades imediatas precisamos importar agroalimentos como o milho, para alimentação humana e para os rebanhos; carecemos de tecnologias para obtenção de água que nos possibilite a criação da indústria do agronegócio no Zimbábue”, argumentou o Embaixador.

Segundo ele, seu país tem inúmeras riquezas à espera de tecnologias que poderão trocar com Goiás, em setores como o de mineração, já que o Zimbábue é rico em reservas de minérios como a platina, o cromo, diamantes e o ouro. Na agricultura, oferecem o que denominou “ouro verde”, referindo-se ao tabaco, “especialmente o tabaco para saborização”, mas demonstraram interesse em importar tecnologia para tornar a vastidão de terras de seu país, atualmente subutilizadas, em terras agricultáveis para produzir cana de açúcar. “Também importamos petróleo e diesel e carecemos do etanol para a adição de 20% no combustível”, acrescentou Bvuma.

O representantes de Goiás explanaram sobre as potencialidades do Estado, os pontos de interesse, programas de incentivos, e demonstraram grande interesse na troca de informações, tecnologias e balança comercial. Em retribuição, a comitiva do país africano se comprometeu a agendar visita do governo de Goiás ao Zimbábue, inclusive com a participação do presidente daquele país, e elogiou a paixão com que o governador Marconi Perillo referiu-se a Goiás no encontro anterior: “A paixão do Governador nos motivou a vir, e realmente ficamos impressionados com Goiás. Queremos retribuir tamanha receptividade”, disse o embaixador.

Comunicação Setorial – SED