Em Varsóvia, José Eliton se reúne com ministro da Economia da Polônia

Na primeira pauta da missão comercial goiana à capital polonesa, vice-governador defende em audiência ampliação das relações comerciais. Janusz Piechocinski prevê programa de investimentos, diz que o Brasil é um “ótimo amigo” e foi lar para muitos poloneses no século 20
Com o objetivo de ampliar relações comerciais com a Polônia, o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico (SED), José Eliton, manteve na manhã desta quinta-feira (2) audiência com o ministro da Economia, Janusz Piechocinski, em Varsóvia, no primeiro evento da missão goiana àquele país. Ambos manifestaram intenção de aumentar o fluxo dos investimentos, bem como o intercâmbio científico e cultural.
“O Brasil foi o lar para muitos poloneses no século 20. Os bons amigos só se conhecem nos momentos de dificuldades”, disse o ministro da Economia ao saudar a delegação goiana. “O seu país é um ótimo amigo e se destaca pela hospitalidade”, completou. Na sequência, ressaltou o permanente crescimento da Polônia mesmo diante da lenta recuperação na zona do euro. Segundo Janusz Piechocinski, o país promove um novo programa de investimentos para o Brasil. Goiás será um dos beneficiados.
Varsóvia é o último destino da missão comercial goiana a três países do leste europeu. A comitiva desenvolveu movimentada agenda de negócios em Moscou e São Petersburgo, na Rússia, e em Minsk, capital de Belarus. Participaram da audiência com o ministro da Economia da Polônia o representante da Assembleia Legislativa, deputado Zé Antônio (PTB); o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves; o superintendente de Comércio Exterior da SED, Luiz Medeiros; e o presidente da Câmara de Comércio Brasil Polônia, Marcio Artiaga de Almeida Castro.
O crescimento real da Polônia atingiu 3,3% em 2014 e, pelas estimativas do FMI, deve chegar a 3,48% em 2015 e 2016. A economia do conjunto dos 18 países que fazem parte da zona do euro avançou 0,9% no ano passado. Ainda neste período, as exportações polonesas cresceram 5,2% na comparação com 2013. O valor total fechou em 163 bilhões de euros.
Similiaridade
O vice-governador José Eliton disse em sua saudação que existe forte similaridade entre as economias de Goiás e da Polônia: enquanto o Brasil vive momento de retração, o Estado cresce bem acima da média nacional. Ele reafirmou interesse em ampliar as relações comerciais com aquele país dentro do projeto de internacionalização da economia empreendido pelo governador Marconi Perillo.
José Eliton defendeu a necessidade de ampliar a corrente de negócios. Citou os principais produtos que Goiás exporta para a Polônia: carnes, instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos. Já os principais produtos importados pelo Estado foram adubos e fertilizantes, aparelhos médico-cirúrgicos, instrumentos e aparelhos mecânicos, veículos, produtos químicos orgânicos, borracha e plásticos.
O ministro Janusz Piechocinski traçou um rápido perfil da economia da Polônia que se destaca na agricultura, na indústria de transformação, além de possuir grandes reservas minerais. Citou a “boa tecnologia” local, o polo farmoquímico consolidado e os avanços no setor de informação. “Podemos estabelecer cooperação em várias áreas”, disse ao ressaltar a força da população jovem do país.
Janusz Piechocinski não deixou de mencionar o Brasil como palco de grandes eventos esportivos, como as Olimpíadas em 2016. E, de maneira espontânea, falou sobre futebol ao prever que a seleção brasileira voltará a se recuperar depois do insucesso na Copa. “E, se tiver um confronto conosco, sei que perderemos de 3 a 0”, disse de maneira descontraída.
Perfil
A Polônia está localizada na Europa Central. É o 69º país em extensão. Tem as maiores reservas de carvão na Europa e é um dos principais produtores mundiais. Outros recursos naturais incluem o cobre, prata, enxofre, chumbo e sal.
Trata-se de um país aberto a investimentos estrangeiros. Durante o período de 2010-2012, o comércio representou mais de 90% do PIB. A localização geográfica lhe confere uma importância estratégica, estando situada a meio caminho entre Paris (França) e Moscou (Rússia), bem como entre Estocolmo (Suécia) e Budapeste (Hungria).
Em 2004, a Polônia entrou na União Europeia, mas manteve o zloty, a moeda oficial do país. Isso conferiu um valor menor em dispêndios com mão de obra. A hora de um empregado polonês custa o equivalente a 7,4 euros — um quarto do valor pago a um trabalhador alemão. Este aspecto tornou o país atrativo para investimentos de grandes multinacionais, o que garantiu dinamismo à economia. Em 2008, durante a grande crise financeira mundial, a Polônia foi o único país da Europa a não entrar em recessão.
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