Workshop promove parceria fomentada pela FAPEG e o Fundo Newton

Presidente da FAPEG (Maria Zaira Turchi) ao centro e pesquisadores contemplados pela cooperação internacional Brasil/Reino Unido.
Presidente da FAPEG (Maria Zaira Turchi) ao centro e pesquisadores contemplados pela cooperação internacional FAPEG/Fundo Newton. Foto: Ascom FAPEG.

O Laboratório de Estudos e Pesquisas das Dinâmicas Territoriais da Universidade Federal de Goiás (Laboter-UFG) reúne nesta semana, de 10 a 13 de agosto, durante o III Workshop sobre Agroindústria Canavieira em Goiás, pesquisadores do Brasil e da Grã-Bretanha para apresentar e dar prosseguimento aos trabalhos fundamentados no projeto de pesquisa conjunto “Challenges and Futures for new technologies: finding (e)quality in work, water and food in the energy frontiers”. O projeto está sendo desenvolvido dentro da cooperação estabelecida pelo Fundo Newton, em uma parceria do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e os Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK). A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) financiou o projeto, que recebeu aporte de 47.020 libras (o RCUK repassou 47.450 libras para a instituição britânica), dentro da Chamada Pública Parceria RCUK/Reino Unido e CONFAP de 2014, na qual o projeto foi contemplado.

De acordo com a presidente da FAPEG e vice-presidente do CONFAP, Maria Zaira Turchi, a apresentação desses primeiros resultados no Workshop tem um impacto muito positivo para o Estado no que se refere às parcerias que a FAPEG e o CONFAP promovem. “Com esse recurso específico para projetos na área de desenvolvimento social e econômico, o CONFAP, por meio das Fundações que aderiram a cada um dos editais e a cada uma das ações, tem promovido uma parceria exitosa. Isso demonstra que, numa articulação forte com o conjunto das Fundações e com o sistema estadual organizado, estamos conseguindo lançar editais que envolvam as várias instituições do Reino Unido, apoiadas pelos respectivos conselhos de pesquisa, e as instituições e pesquisadores brasileiros”, enfatiza.

Durante a semana, uma comitiva de professores da Universidade de Strathclyde, da Escócia, estará no Estado participando do Workshop e indo a campo para coletar dados e fundamentar os estudos que já vem sendo desenvolvidos há cerca de três anos entre os países. “O evento é uma continuidade do que começamos em 2013. Tivemos a ideia de iniciar uma trajetória de pesquisa relacionada à expansão da agroindústria canavieira com a primeira edição do Workshop naquele ano, que foi sucedido, em 2014, com a continuidade da parceria de pesquisa e a constituição do projeto, que foi financiado pela FAPEG e pelo Fundo Newton”, explica o coordenador do Laboter-UFG e membro da equipe de pesquisa, professor Adriano Rodrigues de Oliveira. “Este ano, já por meio do apoio da FAPEG, no contexto do Fundo Newton, estivemos na Escócia e visitamos uma série de experiências relacionadas à energia alternativa, que possibilitam a melhoria da qualidade de vida de comunidades rurais locais. E, agora, a vinda desse grupo nessa etapa é justamente para que consigamos avançar nesse debate, fazendo uma espécie da verticalização da pesquisa”, complementa.

Expansão dos resultados
Para o professor Brian Garvey, da Universidade de Strathclyde, o atual momento da pesquisa é muito importante não só para trocar as experiências entre as instituições, mas também para fazer as visitas em campo, desta vez no Estado de Goiás. “A Escócia é um país muito rural, mas as pessoas têm dificuldade para permanecer no campo e há grande desigualdade de acesso à terra. Existem alguns projetos que são importantes para repassar o conhecimento. E nós queremos também encontrar novas possibilidades dentro desse contexto”, salienta. Por essa razão, uma das atividades previstas no cronograma do Workshop é a visita a áreas ligadas à produção de etanol na região de Quirinópolis, o que inclui passagens por comunidades camponesas que vivem dentro dessa problemática.

Conforme explica o coordenador da pesquisa, professor Marcelo Mendonça, da UFG, essa etapa tem o papel de operacionalizar os próximos passos para efetivar o que ele chama de “laboratório vivo”. “Há uma preocupação nossa de que, com a expansão do setor canavieiro, teremos a substituição de áreas que antes estavam produzindo alimentos para a agricultura familiar, camponesa. Nesse caso, temos que compatibilizar os diferentes usos da terra e estudar maneiras para empoderar essas comunidades a partir de propostas de uso de energias alternativas”, ressalta.

Segundo o professor Marcelo, no caso brasileiro essa produção de energia limpa dentro do setor sucroenergético se daria pelo aproveitamento da biomassa pelo sistema de cogeração, no qual o bagaço da cana é utilizado na produção de energia. “Na Escócia, hoje, 30% da energia já é oriunda de energias renováveis, enquanto no Brasil a produção do etanol é uma grande alternativa de recurso renovável. No entanto, temos que mitigar os impactos decorrentes da atividade sucroenergética”, complementa.

Concorda com ele, nesse sentido, o professor Adriano, na maneira como a pesquisa tem grandes chances de fazer a diferença na vida dessas comunidades mais carentes no Estado, como quilombolas e camponeses. “Nossa ideia é fazer uma aproximação com a sociedade. Além de fazer a pesquisa científica, queremos avançar na perspectiva da extensão, na aplicação dessa pesquisa que estamos desenvolvendo”, argumenta.

Continuidade de pesquisas
Sob a ótica do apoio, todos os pesquisadores são unânimes em ressaltar a importância das Fundações de Amparo à Pesquisa – no caso de Goiás, a FAPEG – e do Fundo Newton na continuidade e no desenvolvimento de projetos, especialmente no âmbito da cooperação internacional. “O Fundo Newton ajudou muito nesse projeto piloto que vai orientar novas pesquisas para os próximos anos. Além de ter contribuído para as pesquisas no campo, auxiliou nesse intercâmbio dos pesquisadores brasileiros irem até a Escócia e a gente vir até o Brasil, o que foi fundamental para o desenvolvimento de todo o projeto”, destaca o professor Brian Garvey.

De acordo com o professor Marcelo Mendonça, o recurso proveniente hoje da FAPEG e do Fundo Newton é uma das alternativas mais representativas de fomento dentro da Universidade. “Estamos vivenciando uma situação de cortes significativos na estrutura governamental em âmbito federal. Não fossem os recursos da FAPEG, a pesquisa seria inviabilizada”, pontua. Nesse sentido, garante a presidente da FAPEG, o governo de Goiás, por meio da Fundação, tem trabalhado para honrar seus compromissos com os pesquisadores e manter o fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação dentro das instituições do Estado. “A FAPEG é uma instituição presente e consolidada e estamos conseguindo cumprir essa nossa proposta de expansão internacional. Temos certeza que a cooperação internacional possibilitará pesquisas mais aprofundadas, o que certamente vai gerar uma produção de conhecimento importante para os dois países, sobretudo numa área tão estratégica para Goiás quanto essa apresentada nesse workshop”, finaliza.

Serviço
III Workshop sobre Agroindústria Canavieira em Goiás
Quando: 10 a 13 de agosto de 2015
Onde: Instituto de Estudos Sócio-Ambientais (IESA-UFG) e UEG de Quirinópolis
Instituições envolvidas: FAPEG, RCUK, Fundo Newton, UFG, UEG, Universidade de Strathclyde (Escócia), Esalq-USP, Comissão Pastoral da Terra, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Federação dos Empregados Rurais do Estado de São Paulo (Feraesp), entre outras.
Edital de Chamada Pública relacionado: https://goias.gov.br/fapeg/sitefapeg/anexos/editais/CONFAP-RCUK-PT.pdf

Assessoria de Comunicação Social da FAPEG.

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