UFG descobre novas espécies de plantas

Exemplar da Neojobertia alboaurantiaca. Foto: Herbário Jataiense.

A Universidade Federal de Goiás (UFG) descobriu duas novas espécies de plantas. Nomeadas de Bacharis sp. novae e Neojobertia alboaurantiaca, as novas variedades foram encontradas no Sudoeste Goiano, durante o trabalho de campo de uma equipe de pesquisadores da Regional Jataí. O grupo de biólogos fazia coletas rotineiras e identificava amostras da flora na região, quando encontrou as espécies, até então desconhecidas pela Ciência. Exemplares da vegetação foram enviados para diversos especialistas que confirmaram a descoberta. Logo em seguida, as plantas foram registradas e as amostras depositadas no Herbário Jataiense.

Há cinco anos os pesquisadores estudam as novas plantas. Segundo a professora Luzia Francisca de Souza, que coordenou o trabalho, as novas espécies evoluíram no Cerrado e são exclusivas dessa região. “São plantas raras, mas que já nasceram para a sociedade sendo fortemente ameaçadas de extinção”, alertou. Ela explicou que a Baccharis sp., parente da carqueja, é uma erva que gosta de áreas úmidas e ensolaradas e que tem alto potencial para aproveitamento medicinal. Ainda segundo ela, a Neojobertia alboaurantiaca, parente dos ipês e da catuaba, é um tipo de trepadeira bastante ornamental, gosta de locais secos e ensolarados e também pode ter propriedades medicinais.

Primeira vez no Brasil
Durante o trabalho de campo, o grupo também identificou a presença de quatro espécies que nunca haviam sido encontradas em Goiás: Thismia panamensis, Bacopa scabra, Ocotea notata e Cereus bicolor. Luzia Francisca de Souza explicou que algumas dessas plantas são típicas do Cerrado, mas nunca haviam sido registradas em solo goiano. “Foi a primeira vez que a ciência identificou a presença da T. panamensis no Brasil”, completou.

Pesquisa
A descoberta da UFG é fruto dos esforços dos pesquisadores em identificar as espécies de vegetação do Sudoeste e Oeste Goiano. O levantamento vai compor o catálogo Flora do Brasil 2020, que reúne informações sobre a diversidade vegetal brasileira cadastradas em uma plataforma online e divulgadas em tempo real. O aumento no número de registros tem atraído mais recursos financeiros de agências internacionais para as fundações de apoio às pesquisas brasileiras. Além disso, os estudos que identificam as condições de espécies auxiliam na formulação de políticas públicas para da biodiversidade.

Fonte : Ascom UFG.

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