UFG – Aberta exposição arqueológica na Biblioteca Central
Teve início na manhã de hoje, 04/04, na Biblioteca Central do Câmpus Samambaia, a exposição “Arqueologia Brasileira”, uma iniciativa do Centro de Estudos Arqueológicos no Cerrado (CEAC). A mostra busca levar aos acadêmicos dos cursos de graduação que tem relação direta com a Arqueologia e aos demais usuários da biblioteca um contato direto com parte da história e pré-história brasileira.
Estudantes dos cursos de História, Antropologia, Sociologia, Biologia, entre outros, poderão conhecer até a próxima sexta-feira, 08/04, peças importantes como a famosa reconstituição facial de “Luzia”, fóssil humano brasileiro considerado o mais antigo já encontrado nas Américas. O objeto foi localizado há 12 mil anos na região de Lagoa Santa (MG), ainda no período Pré-Histórico.
Também estão disponíveis para o público vários outros utensílios pré-históricos, como o crânio de um smilodonte, um grande mamífero parecido com uma preguiça, pontas de flechas (projéteis) datadas com 9 mil anos, instrumentos de trabalho da época como lâminas de machado feitas com pedras, fósseis lapidados em formatos de pássaro e até um ferro de passar roupas à carvão.
Júnior Mendes, diretor do CEAC, explicou que a exposição traz uma oportunidade para as pessoas conhecerem peças raras e exclusivas da arqueologia brasileira que geralmente não estão à disposição do público. “As peças representam a arqueologia brasileira desde os seus primórdios há 12 mil anos até a apresentação de vestígios históricos de 500 anos atrás”, completou.
O diretor destacou que a réplica do crânio da “Luzia”, o fóssil humano brasileiro mais antigo encontrado nas Américas há cerca de 11 mil e 500 anos, está entre as peças mais representativas da arqueologia brasileira. “A exposição também traz vestígios de animais que conviveram com os humanos no Brasil em tempos passados”, comentou.
A bibliotecária Maria Silvério da Silva Siqueira, diretora do Sistema de Bibliotecas (Sibi/UFG), afirmou que a biblioteca deve ser um espaço que oferece oportunidades ao usuário de buscar informações e ter acesso ao conhecimento. “O papel da biblioteca é muito relevante por apoiar a pesquisa, o ensino e a extensão”, disse. Ela acrescentou que a abertura do local para este tipo de evento consolida a função da biblioteca como mediadora com a comunidade acadêmica e o público em geral.
Maria Silvério informou que a Biblioteca Central recebe diariamente dois mil usuários, o que resulta em uma média de 21 mil empréstimos de livros a cada mês. A diretora considera a exposição de arqueologia é uma forma a mais de garantir informação ao visitante além das outras já existentes no espaço. “É uma oportunidade a mais, já que nosso objetivo como instituição é oferecer por meio da disseminação de informação um ensino de qualidade”, acrescentou.
O Vice-Reitor da UFG, Manoel Rodrigues Chaves, ressaltou a importância da iniciativa Centro de Estudos Arqueológicos no Cerrado em trazer para a biblioteca da universidade uma exposição de arqueologia. Ele defendeu que ações como essa são fundamentais para que os frequentadores possam conhecer mais de perto um pouco da história. “Temos que valorizar o nosso passado e a nossa história para fortalecer o presente e projetar o futuro”, pontuou.
As peças à mostra na exposição são réplicas confeccionadas a partir de moldes dos originais do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Para trazer os objetos para a biblioteca o CEAC recebeu o apoio do Museu da Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, localizado em Ponta Grossa, no Paraná. Os artefatos foram confeccionados pelo PhD em arqueologia, professor doutor Moacir Elias Santos, egiptólogo e especialista em técnicas de restauração e réplicas.
Fonte: Asscom UFG/ Texto: Renato Rodrigues/ Fotos: Carlos Siqueira