UEG firma acordo com o Serviço Florestal Brasileiro

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) assinaram, no último dia 15, um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o objetivo de desenvolver pesquisas de interesse mútuo, para a valorização da madeira e dos recursos florestais. De acordo com o ACT, o Laboratório de Micologia Básica, Aplicada e Divulgação Científica do Câmpus Central da UEG (FungiLab) desenvolverá atividades e projetos em conjunto com o Laboratório de Pesquisas Florestais (LPF) do SFB, através de cooperação direta com a área de Biodegradação e Preservação, no sentido de ampliar e aprofundar a pesquisa sobre fungos decompositores de madeira.

De acordo com a professora Solange Xavier dos Santos, coordenadora do FungiLab, esses estudos incluem a realização de coletas de espécies nativas de fungos, ensaios de apodrecimento da madeira, caracterização geral e específica dos isolados fúngicos e a interação fungo-madeira. Ela ressalta a importância da parceria no apoio às atividades de pesquisa e extensão, sobretudo aquelas relacionadas à formação e capacitação técnico-científica dos profissionais envolvidos, que incluem professores, técnicos e alunos de graduação e pós-graduação. “Isso porque a implementação do ACT envolve o intercâmbio de materiais, recursos humanos e tecnologias entre as instituições. A UEG realiza a coleta, a identificação, o cultivo e a domesticação de espécies nativas desses fungos, conhecidos como xilófagos, enquanto o LPF utiliza espécimes fúngicos conhecidos por serem modelos clássicos”, salienta.

Para a coordenadora do LPF, Lidiane Moretto, o ACT com a UEG é muito relevante pois permitirá testes com fungos do Brasil, tornando os resultados de pesquisa de podridão do lenho mais realistas diante da diversidade do país. “Os ensaios realizados pela área de Biodegradação e Preservação, atualmente, utilizam espécimes fúngicos conhecidos por serem causadores de podridão da madeira, no entanto, coletados fora do país. Com o novo plano de trabalho, será possível também a ampliação da coleção de fungos do LPF, introduzindo espécies nativas com potencial para utilização em seus ensaios, bem como em outros estudos aplicados. Com isso, ao promover a preservação do patrimônio genético do país, haverá o aumento de valor intangível às pesquisas”, destaca.

O ACT terá vigência de cinco anos e não vai gerar obrigações financeiras de qualquer espécie e nem transferência de recursos financeiros entre as instituições. A importância da parceria inclui o fortalecimento do papel institucional e dos objetivos finalísticos do LPF e da UEG, enfatizando a disponibilidade dos servidores diretamente envolvidos na troca de experiências em outras áreas da ciência florestal. Além de viabilizar e potencializar projetos, otimizando ou reduzindo custos operacionais na pesquisa florestal.

A professora Solange diz que, por meio dessa parceria, o SFB e a UEG promovem, ainda, a valorização de seus recursos humanos por meio da troca de experiências entre um centro especializado e uma instituição de ensino. “Esse intercâmbio é substancial tanto para os processos de ensino e aprendizagem quanto para a capacitação contínua de seus profissionais”, completa.

Fonte: UEG

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