Iniciativa da Fundação Grupo Boticário apoia ações que buscam fortalecer as cadeias da sociobiodiversidade na Mata Atlântica, no Cerrado de Goiás e na Zona Costeira da Bahia. Os projetos indicados e aprovados passam agora pela etapa de documentação para se tornarem aptos a receber o apoio financeiro.

Vinte e uma soluções inovadoras voltadas ao fortalecimento das cadeias da sociobiodiversidade nas regiões do Cerrado de Goiás, da Zona Costeira da Bahia e da Mata Atlântica (Paraná, sul de São Paulo, norte de Santa Catarina e 17 municípios do Rio de Janeiro) receberão até R$ 4 milhões em apoio financeiro para serem executadas, a partir de 2024. A seleção foi realizada ao longo de 2023 pela Teia de Soluções, iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza que reúne diferentes processos de cocriação, mentoria e seleção de propostas com o objetivo de encontrar alternativas concretas para desafios ambientais. 

As ações contempladas são focadas nos seguintes desafios: contribuir para a ampliação do impacto socioambiental positivo na Mata Atlântica e ecossistemas associados, buscando eficiência nos processos e agregando o valor de mercado às cadeias da sociobiodiversidade; fortalecer as cadeias produtivas de frutos nativos do Cerrado; e agregar valor às cadeias dos produtos e serviços sustentados pela Zona Costeira da Bahia, conservando a biodiversidade.

Esta edição da Teia de Soluções, a Chamada Produtos e Serviços da Natureza, é uma parceria da Fundação Grupo Boticário com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA), com o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo do Paraná. Foram recebidas 152 propostas de todo o Brasil. Dessas, 63 participaram da fase de mentoria e detalhamento. Agora, as 21 indicadas e aprovadas passarão pela etapa de documentação para se tornarem aptas a receber os recursos. 

“Os projetos selecionados nos deixaram muito satisfeitos. Eles são capazes de fortalecer as cadeias dos produtos e serviços da sociobiodiversidade brasileira e de trazer melhorias duradouras para a conservação da natureza, a partir das características e potencialidades de cada bioma. Além disso, são inovadores e podem ser replicáveis em outras regiões”, comenta a gerente de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Marion Silva. 

As iniciativas executadas na Mata Atlântica terão apoio de cerca de  R$ 1 milhão (FA e Fundação Grupo Boticário); no Cerrado de Goiás, de até R$ 1 milhão (FAPEG e Fundação Grupo Boticário); e na Zona Costeira da Bahia, de cerca de R$ 600 mil (FAPESB e Fundação Grupo Boticário). Além disso, propostas de todas as regiões receberão apoio de aproximadamente R$ 1,4 milhão da Fundação Grupo Boticário. Os projetos apoiados terão entre 12 e 24 meses para serem executados.

Entre as soluções que serão realizadas estão a do Laboratório de Novos Negócios da Floresta (Mata Atlântica), que busca desenvolver novos produtos que fortaleçam a economia regenerativa na Mata Atlântica, gerando negócios que resultem na conservação e regeneração da Floresta, apoiando a estruturação de empreendimentos locais e estimulando a demanda de matéria-prima com valor agregado; a da Pro Baru (Cerrado de Goiás), que propõe integrar a pecuária com a produção de baru, disseminando a recuperação de pastagem degradada em áreas de agricultura familiar, gerando nova fonte de renda, conservação de água e solo, e fazendo retenção de carbono; e a da Rede Cidadania Quilombola Renda e Sustentabilidade (Zona Costeira da Bahia), que pretende ampliar sua atuação na proteção dos manguezais, por meio do manejo sustentável no cultivo de ostra e da produção do sururu, bem como na melhoria e ampliação do turismo comunitário integrado à produção, visando aumento da geração de renda das famílias quilombolas.

Vale ressaltar que produtos e serviços da sociobiodiversidade são bens e serviços gerados a partir de recursos da biodiversidade. Voltados à formação de cadeias produtivas de interesse dos povos e comunidades tradicionais e de agricultores familiares, promovem a manutenção e a valorização de práticas e saberes, e asseguram direitos, gerando renda e promovendo a melhoria de qualidade de vida e do ambiente em que vivem.

A relação detalhada das soluções contempladas está disponível para consulta aqui.