Segundo acelerador do Sirius obtém energia total prevista para operar
Na noite desta quarta-feira (16) foi concluída mais uma importante etapa do projeto para colocar em operação o maior e mais complexo projeto da ciência brasileira. A equipe responsável pela instalação de equipamentos do Sirius, fonte de luz síncrotron de última geração, confirmou que foi possível injetar a carga elétrica máxima prevista, 3 GeV (Gigaeletron volts) no segundo dos três aceleradores que fazem parte da estrutura.
O segundo acelerador é responsável por dar aos elétrons a energia necessária para que sejam transferidos ao acelerador principal, a partir de onde será emitida a luz síncrotron. Esse último acelerador já está montado, e o próximo desafio desta etapa de testes é fazer com que os primeiros elétrons deem uma volta completa ao longo do anel.
Também estão em fase final de montagem a estrutura das primeiras estações de trabalho, onde os pesquisadores devem realizar, a partir do ano que vem, experimentos com uso de luz síncrotron. Esse tipo especial de luz, de altíssimo brilho, é capaz de revelar detalhes dos mais variados materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, solo, ligas metálicas, dentre muitos outros.
O novo acelerador de elétrons brasileiro Sirius está instalado no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, SP. Cerca de 85% dos recursos empenhados pelo Ministério de Ciência Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC) foram investidos no País, em parceria com empresas nacionais. Além da construção civil, foram estabelecidos contratos com mais de 300 empresas de pequeno, médio e grande portes, das quais mais de 40 desenvolvem soluções tecnológicas para o Sirius, junto aos pesquisadores e engenheiros do CNPEM.
Sobre o CNPEM
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicações (MCTIC). Localizado em Campinas-SP, possui quatro laboratórios referências mundiais e abertos à comunidade científica e empresarial. O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) opera a única fonte de luz Síncrotron da América Latina e está, nesse momento, construindo Sirius, o novo acelerador brasileiro, de quarta geração, para análise dos mais diversos tipos de materiais, orgânicos e inorgânicos; o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) desenvolve pesquisas em áreas de fronteira da Biociência, com foco em biotecnologia e fármacos; o Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR) investiga novas tecnologias para a produção de etanol celulósico e materiais biorrenováveis; e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano) realiza pesquisas com materiais avançados, com grande potencial econômico para o país. Os quatro Laboratórios têm, ainda, projetos próprios de pesquisa e participam da agenda transversal de investigação coordenada pelo CNPEM, que articula instalações e competências científicas em torno de temas estratégicos.
Ascom Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)