Rede de Pesquisa e Desenvolvimento da Região Centro-Oeste será modelo para outras regiões do Brasil
Seminário Marco Zero destaca projetos estratégicos e fortalece interiorização da ciência na região
A Rede de Pesquisa e Desenvolvimento da Região Centro-Oeste será modelo para outras regiões do Brasil, segundo anunciado no Seminário Marco Zero, realizado nesta terça-feira, 8, na sede da Capes, em Brasília. O evento marcou a apresentação dos 16 projetos selecionados por meio do edital 20/2023 da Capes, que, em parceria com as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, visa fomentar a formação de recursos humanos para pesquisa e inovação em bioeconomia, biotecnologia e biodiversidade, conduzidos por programas de pós-graduação da região.
O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Marcos Arriel, destacou que a iniciativa não apenas fortalece a pós-graduação, mas também contribui para a redução de assimetrias e para a interiorização do fomento científico. “Dos quatro projetos goianos selecionados, três estão fora da região metropolitana de Goiânia, o que está alinhado com a diretriz da Fapeg”, afirmou. Ele ressaltou que a rede de cooperação criada pela iniciativa contribuirá para o desenvolvimento social, econômico e tecnológico dos biomas da região.
Cada um dos projetos da Rede tem sua coordenação na instituição de origem, mas envolve a participação de integrantes de diferentes Programas de Pós-graduação (PPGs) de instituições diversas, destacando o caráter colaborativo e integrado da iniciativa. Entre os projetos goianos apresentados estão o da Universidade Estadual de Goiás, sobre segurança hídrica e sociobiodiversidade, e o da Universidade Federal de Goiás, focado na sustentabilidade dos fungos da região. Também foram apresentados projetos do Instituto Federal Goiano e da Universidade Federal de Jataí, todos voltados ao uso sustentável e à recuperação de áreas degradadas.
O evento reuniu lideranças acadêmicas e políticas, como a presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho; o coordenador do Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação (Foprop) do Centro-Oeste, Claudio Stacheira; o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Odir Dellagostin; além de representantes da Andifes, universidades federais, estaduais e particulares, institutos federais, e Fundações de Amparo à Pesquisa de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
A presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho, parabenizou o pioneirismo da Rede. “Assim como a Fapesp e a USP foram modelos no passado, agora temos a Região Centro-Oeste como referência. Esse formato de gestão será ampliado para outras regiões do Brasil”, afirmou. Denise enfatizou a importância da ciência para a preservação dos biomas nacionais, como o Cerrado e a Amazônia.
A reitora da Universidade Federal de Catalão (UFCat), Roselma Lucchese, ressaltou o orgulho de a UFCat, mesmo sendo uma universidade supernova, já estar integrada à rede. “Temos hoje uma grata satisfação ao ouvir que seremos um modelo para as próximas redes de pesquisa e desenvolvimento. Estamos desenvolvendo nosso papel para o crescimento do interior do país, e isso me orgulha enquanto gestora. Esse retorno positivo fortalece nossas ações”, afirmou.
O presidente do Confap, Odir Dellagostin, reforçou a importância da iniciativa para a ciência nacional. “Este seminário simboliza um marco importante para o desenvolvimento científico e tecnológico da Região Centro-Oeste. A ação em rede traz sinergias que fortalecem a pesquisa local e nacional, ampliando o impacto das fundações de amparo à pesquisa e promovendo maior equidade na distribuição de recursos e oportunidades entre as diferentes regiões do país. Acreditamos que esse modelo servirá de exemplo para outras regiões, promovendo o avanço da ciência de forma integrada e sustentável.”
A expectativa é que a Rede de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro-Oeste não só contribua para a valorização científica da região, mas também inspire novas iniciativas em outras partes do país, ampliando o alcance da ciência e da inovação brasileira.
Texto: Comunicação Setorial da Fapeg
Fotos: Capes