Quinta fase da pesquisa do ICPCovid começa em momento de flexibilização da quarentena

Teve início nesta terça-feira, 7, a quinta fase da pesquisa que está sendo realizada por um consórcio internacional formado por 20 países com o objetivo de estudar o comportamento e as condições de vida da população durante os períodos de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. Esta etapa acontecerá em um momento de dicotomia para o retorno de atividades não-essenciais.

O International Citizen Project Covid-19 (ICPCovid) é liderado pelo professor doutor Robert Colebunders, da Universidade de Antuérpia, na Bélgica. No Brasil, o projeto é liderado pela bióloga epidemiologista, Dra. Edlaine Faria de Moura Villela, professora da Universidade Federal de Jataí/Goiás.

O questionário é simples e rápido, todos podem participar, independente de terem participado ou não da primeira fase. Para preencher o questionário, bem como ter acesso ao protocolo de pesquisa, basta acessar o link: www.icpcovid.com/pt-br/country/brasil .

Conheça alguns resultados preliminares

As fases anteriores da pesquisa já somaram mais de 32 mil questionários respondidos online. Segundo a professora Edlaine, eles “trazem uma perspectiva bastante interessante sobre o impacto do distanciamento físico na vida dos brasileiros. Tivemos a participação de pessoas de todos os estados brasileiros”.

Na quarta fase da pesquisa, realizada no mês de junho, 60,9% estão trabalhando em casa. 57% das pessoas afirmaram que nas suas cidades o bloqueio total de atividades não essenciais foi decretado. Desses participantes, 10% afirmaram considerar tal bloqueio desnecessário. Dos participantes que não tiveram o bloqueio total decretado em seus locais de residência, 35% acreditam que era necessário ter havido este bloqueio, na tentativa de prevenir e controlar a Covid-19 em seu município.

Um resultado que chamou a atenção é que o nível de preocupação das pessoas com a própria saúde e com a saúde dos seus familiares e amigos tem oscilado. As pessoas mostraram maior preocupação na segunda fase do estudo (fim de abril), apresentando uma queda nas fases seguintes, inclusive na quarta fase. “Quando questionamos como as pessoas têm avaliado as medidas de prevenção e controle adotadas no Brasil, 35,5% afirmaram que são muito ruins e 28,6% ruins, o que mostra certo grau de insatisfação da população”, comenta a professora.

O Observatório de Epidemiologia e Serviços de Saúde (EpiServ), também coordenado pela professora, recentemente passou a dispor de um site, que tem sido atualizado semanalmente pelos discentes envolvidos no ICPCovid. O EpiServ implantou a sua Sala de Situação de Saúde. Acesse: episerv.com.br

Um estudo global sobre o impacto da pandemia no cotidiano das famílias brasileiras e como a Covid-19 tem impactado nossa saúde mental também está sendo feito. Segue o link específico desta vertente da pesquisa: https://www.icpcovid.com/pt-br/pfcc .

Governo na palma da mão

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