Presidente da Fapeg aponta oportunidades para sistema de patentes em Goiás durante webinar

Webinar apresentou o mapeamento dos dados dos depósitos de patentes no Brasil e discutiu estratégias e oportunidades do sistema de patentes no Estado de Goiás

Foto do presidente da Fapeg
A Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg) participou, na manhã de quarta-feira (14), do webinar “Inteligência Artificial e Patentes no Brasil”, transmitido ao vivo pelo canal do Instituto de Informática, da Universidade Federal de Goiás (INF-UFG) no Youtube. O evento marca a parceria entre o Instituto de Informática com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a FAPEG, o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA), a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da UFG (PRPI/UFG) e a Agência UFG de Inovação.

A mesa virtual teve como convidados a Msc. Milene Dantas, do INPI, como moderadora; a Drª. Irene von der Weid, também do INPI, que apresentou o Estudo “Inteligência Artificial: análise do mapeamento tecnológico do setor através das patentes depositadas no Brasil”, e Dr. Robson Vieira, presidente da FAPEG, que debateu sobre as oportunidades que o sistema de patentes pode proporcionar para a área de inteligência artificial no Estado de Goiás.

Após apresentar as etapas de conceito, o processo de registro e as vantagens estratégicas de patentes, a Drª. Irene von der Weid expôs o estudo do INPI, que funciona como um radar tecnológico, identificando quais os setores e quem são os principais agentes de patentes no Brasil. De acordo com Von der Weid, a pesquisa indica que os principais agentes depositantes no Brasil são estrangeiros, com os Estados Unidos ocupando o primeiro lugar nessa classificação. As empresas nacionais ocupam poucas posições no ranking e, 23% dos pedidos brasileiros, são de Universidades. A pesquisa ainda revela que as Ciências Médicas são o principal campo de aplicação, principalmente por depositantes nacionais, com aplicação funcional em visão computacional.

A pesquisadora ressaltou que o desenvolvimento de Big Datas, que são plataformas utilizadas para depósito de patentes, foi responsável pelo surgimento de milhões de postos de trabalho e que o investimento em Inteligência Artificial prevê um crescimento quatro vezes maior no nível de produtividade do Brasil até 2030.

Inteligência Artificial em Goiás
O presidente da Fapeg, Dr. Robson Vieira, destacou que “é preciso inserir a cultura de patentes no Brasil com a massificação de informações nas Universidades e em empresas, com profissionais nas instituições que estimulem a iniciativa do registro”. Vieira apresentou dados que reforçaram o estudo do INPI, indicando que 66% das patentes em Inteligência Artificial geradas no Brasil estão no Sudeste e que a Fapeg tem trabalhado para tentar despolarizar esse percentual trazendo parte dos registros para o Centro-oeste.

De acordo com o presidente da instituição, a taxa de conversão de patentes em negócio tem sido o grande diferencial desenvolvido pela Fapeg, juntamente com as instituições parceiras. “É preciso fazer a patente e aplicá-la gerando negócio, produtos e valor monetário agregado, e não a deixar parada na universidade”, destacou Robson Vieira. Para isso, a Fapeg tem se empenhado em quatro eixos de ação, que são o fomento de laboratórios para testar as ideias nas indústrias; o desenvolvimento de Centros de Excelência (Centro de Excelência em Inteligência Artificial – CEIA e Centro de Agricultura Exponencial – CEAGRE); as Chamadas Públicas para atrair projetos e testá-los em indústrias através de fomento e a parceria com o INPI para treinamento sobre como aplicar o conceito de propriedade intelectual no dia-dia e, assim, impactar a sociedade com conhecimento científico.

O presidente da Fapeg ressaltou ainda os três pilares que sustentam os Centros de Excelência, em especial o de Inteligência Artificial: a educação, integrando as instituições em um grande grupo com o objetivo de reter o profissional no Estado e atrair empresas pela qualidade da mão-de-obra; o negócio, que é a conversão de ciência em produto, inclusive com a recente captação de cinco vezes o valor investido em 2020 e a transferência de tecnologia, principalmente em parceria com o governo estadual, ao converter o conhecimento em benefícios e soluções que impactam positivamente a sociedade.

Assessoria de Comunicação da Fapeg

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