Pesquisadoras e jornalista de Goiás são agraciados no Prêmio Confap

Na noite dessa quarta-feira, dia 13, duas pesquisadoras e um jornalista indicados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) durante a etapa estadual, foram agraciados em cerimônia de entrega do Prêmio Confap de de Ciência, Tecnologia & Inovação – Johanna Döbereiner (3ª Edição). A pesquisadora Ivoni Richter Reimer (PUC Goiás) ficou em 3º lugar na categoria Pesquisadora Destaque, na subcategoria Ciências Humanas. A também pesquisadora Gabriela Rodrigues Mendes Duarte (UFG) conquistou a 2ª colocação na categoria Pesquisadora Inovador, na subcategoria Inovação para o setor empresarial. Na categoria Profissional de Comunicação, Luiz Felipe Fernandes Neves (UFG) conquistou a 2ª colocação.

O Prêmio é uma iniciativa do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), com patrocínio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). É concedido a pesquisadores (as) que se destacaram em pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, cujos resultados tenham contribuído para a produção de conhecimento e beneficiado direta ou indiretamente o bem-estar das populações brasileiras. O prêmio também reconhece a atuação de profissionais de comunicação que, por meio do jornalismo científico, tenham contribuído para aproximar a ciência, a tecnologia e a inovação da sociedade.

Para o presidente da Fapeg, Marcos Arriel, o sentimento é de muito orgulho e realização por ter três profissionais de Goiás sendo homenageados em um prêmio nacional de tanto prestígio como este. “Estamos muito felizes com as conquistas dessa noite. Esse resultado mostra como Goiás está no caminho certo, valorizando a ciência, a inovação e a divulgação científica no estado. Sabemos que temos muitos talentos em Goiás e a Fapeg continuará a incentivar e fornecer recursos para apoiar e estimular a comunidade científica e o ecossistema de inovação. Só neste primeiro trimestre, lançamos oito editais e seguiremos comprometidos em levar mais investimentos a este ecossistema, conduzindo o Estado a uma posição de destaque cada vez mais consolidada nos rankings de produção científica e disseminação do uso da tecnologia”, afirma Arriel.

Premiados de Goiás


Para a premiada, pesquisadora Ivoni Reimer (foto da esquerda), o sentimento é de muita gratidão. “Receber este prêmio pode ser incentivo para pesquisadoras e pesquisadores em Goiás, e é sinal de que o inusitado pode acontecer para quem dedica parte de sua vida e energia para uma pesquisa que faça diferença, que contribua para que as pessoas novamente sintam paixão por aprender e ensinar, por trabalhar e conquistar alegrias e bem-estar integral”. Ela destacou a importância das pesquisas em Ciências Humanas, remetendo à pesquisadora que deu nome à esta edição do prêmio, Johanna Döbereiner . “As pesquisas realizadas por Johanna Döbereiner e por nós, hoje premiadas e premiados, foram e são interdisciplinares e multidisciplinares, seja nas Ciências Agrárias, nas Ciências Humanas, entre outras. É importante investir nas chamadas ciências ‘duras’, mas igualmente deve haver o suporte financeiro para as pesquisas nas Ciências Humanas, pois, para além de ajudar a explicar o mundo – o que é tarefa das ciências – as Ciências Humanas ajudam a compreender os complexos processos socioculturais que são construídos e que podem ser transformados por meio de multifacetárias relações de poder”, conclui Ivoni.

A premiada, pesquisadora Gabriela Duarte (foto central), diz se sentir honrada e grata com esta premiação, que é um reconhecimento por todo o trabalho que está sendo realizado. “Nos dá a sensação de que estamos no caminho certo”. Ela ressalta também que é uma forma de estímulo para os alunos e grupos de pesquisa. “O prêmio incentiva não só o pesquisador, como também inspira os alunos, que se sentem mais motivados”, conclui Gabriela.

Luiz Felipe (foto da direita), jornalista premiado, destaca que o Prêmio Confap é importante porque, além de destacar os pesquisadores e pesquisadoras que fazem ciência de qualidade no Brasil, reconhece a importância da comunicação nesse processo. “Profissionais de comunicação das instituições de pesquisa brasileiras, sobretudo das universidades públicas, têm um compromisso histórico e incansável com a divulgação científica e prêmios como este são importantes para mostrar para a sociedade um pouco do nosso trabalho. Além disso, este prêmio é um reconhecimento do compromisso da UFG em criar pontes com a sociedade, por meio de sua estrutura de comunicação, da qual faz parte a Secom e seu time qualificado de profissionais”. Ele ressalta a importância do jornalismo científico, um importante aliado da comunicação pública da ciência e da tecnologia. “Ele tem um papel fundamental na popularização do conhecimento científico e na educação científica na medida em que leva a ciência para além dos laboratórios e das instituições”.

Prêmio Confap e Prêmio Fapeg
O Confap lançou o edital do Prêmio e as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) tiveram um prazo para realizarem a etapa estadual. Em Goiás, foi lançada a chamada pública nº 11/2023 pela Diretoria Científica e de Inovação/Gerência Científica da Fapeg. O processo de seleção teve início com a indicação, exclusivamente, pelas Instituições de Ensino e Pesquisa (ICTs) sediadas no Estado de Goiás, sem fins lucrativos, após mobilização e avaliação interna em cada instituição.

Esta lista, que indicou candidatos em diferentes categorias e subcategorias foi encaminhada para avaliação e apreciação por um Comitê Técnico-Científico instituído pela presidência da Fundação, que ao final, selecionou os profissionais que receberam as homenagens no Prêmio Fapeg de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado no dia 1º de fevereiro desse ano. Além das categorias criadas pelo Confap, em Goiás ainda foram acrescidas mais categorias para homenagens. (Confira aqui)

A premiação do Confap foi dividida em três categorias: Pesquisador(a) Destaque, com as subcategorias: Ciências da Vida (Ciências Biológicas, Ciências Agrárias, Ciências da Saúde); Ciências Exatas (Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Tecnologia); Ciências Humanas (Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Artes, Letras e Linguística); Pesquisador(a) Inovador(a), com as subcategorias: Inovação para o Setor Empresarial; Inovação para o Setor Público e Profissional de Comunicação.

Nesta etapa nacional, os agraciados receberam certificados de premiação, troféus e premiação financeira. Os classificados em cada categoria/subcategoria no primeiro lugar receberam R$ 10.000,00, em segundo lugar R$ 6.000,00 e em terceiro lugar R$ 3.000,00. A premiação financeira total nesta terceira edição do Prêmio CONFAP de CT&I é de R$114.000,00.

Da esquerda para direita: diretor de programas e monitoramento da Fapeg, Vanderlei Cassiano; diretora de gestão integrada da Fapeg, Lorena Peixoto; presidente da Fapeg, Marcos Arriel; ex-presidente da Fapeg, Robson Vieira; gerente científico, Fritz Kasbaum; gerente de parcerias internacionais, Gabriel de Paula.

Mini currículo dos premiados por Goiás

Gabriela Duarte – bacharel e Licenciada em Química pela Universidade Federal de Goiás (1998), Mestrado em Química (2001) pela Universidade Federal de Goiás e Doutorado (2010) em Ciências (Área de concentração Química Analítica) pela Universidade de São Paulo. Realizou estágio de doutorado no exterior na University of Virginia (2008-2009). Atualmente é Professora Associada II da Universidade Federal de Goiás. Desenvolve pesquisas na área de Química Bioanalítica, com ênfase em análises genéticas, especialmente envolvendo extração, amplificação e separação de DNA em microchips. Nos últimos anos vem atuando no desenvolvimento de metodologias baseadas em LAMP para diagnósticos moleculares de diversas doenças infecciosas incluindo dengue, zika e chicungunya. Coordena o projeto que desenvolve metodologias LAMP para o diagnóstico molecular rápido da covid-19. Com este projeto já testou gratuitamente mais de 4000 pessoas em ações e dentro de hospitais. Este projeto também realizou Transferência Tecnológica sem custos do teste RT-LAMP para laboratórios e hospitais interessados. Atualmente realiza também o rastreamento de SARS-CoV-2 em amostras de esgoto. Coordenadora do Laboratório de Biomicrofluídica e membro integrante do Innovation Hub in Point-of-Care Technologies.

Ivoni Reimer- doutora em Teologia/FIlosofia/Ciências da Religião pela Universität Kassel (Alemanha, 1990), com pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas, Interdisciplinar, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Graduação em Teologia pelas Faculdades EST (São Leopoldo/RS) e na Faculdade de Teologia Bethel (Bielefeld/Alemanha). Professora na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (Escola de Formação de Professores e Humanidades – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências da Religião – atual – e em História – até 2019). Pastora ordenada emérita da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). Tem experiência na área de Teologia e Ciências da Religião, com ênfase em Bíblia, Sociedade e Cultura, atuando principalmente nos seguintes temas: exegese, hermenêutica bíblica e feminista, espiritualidade, Novo Testamento, mundo sócio-cultural e bíblia, movimento de Jesus, ecologia, movimentos sociais, relações de gênero e literatura sagrada, Direitos Humanos, história antiga e Bíblia. Autora de vários livros, capítulos e organização de livros, de artigos em periódicos das áreas de Teologia, Religião e Hermenêutica. É tradutora. Foi professora de Teologia na Universidade Metodista do Rio de Janeiro, no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (RJ) e no Instituto de Filosofia e Teologia (GO). Assessora do Centro de Estudos Bíblicos, do Serviço de Animação Bíblica (SAB das Ed. Paulinas). Já realizou vários projetos de pesquisa, com produção acadêmico-científica e popular. Pesquisa “Mulheres nas Origens do Cristianismo” com base em textos sagrados e visualidades. Coordenou por vários anos, até 2014, o Núcleo de Pesquisa e Estudos da Religião (PUC Goiás). É membro-fundadora da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB) e de StreitgängerInnen (Alemanha), é membro de ANPTECRE e SOTER. Professora colaboradora no Programa POLICREDOS do Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra. Professora colaboradora no Programa de Religião e Gênero, das Faculdades EST, São Leopoldo.. De 2015 a 2018 foi editora da revista Fragmentos de Cultura, da PUC Goiás; e de 2018 até 2021 foi editora gerente da revista Caminhos (PPGCiências da Religião, PUC Goiás); desde 2022 é editora associada da revista Caminhos. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq desde 2009. É membro do Grupo de Pesquisa CNPq/PUC Goiás “Religião, Sociedade e Literatura Sagrada” e do Núcleo de Pesquisa de Gênero e Religião, do(a) Faculdade EST. É co-coordenadora do GT Gênero e Religião (UMESP/PUC Goiás/ UFJF/Faculdades EST). É líder do Grupo de Pesquisa PUC Goiás “Religião, Gênero e Poder”. É professora coordenadora no Acordo de Cooperação de Pesquisa entre o PPGCR da PUC Goiás e o CES da Universidade de Coimbra. É membro da Rede de Pesquisa Internacional TEPALI.

Luiz Felipe – doutor em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na linha de pesquisa Divulgação, Popularização e Jornalismo Científico, com período sanduíche na University of Exeter (Reino Unido), onde integrou o CC Lab – laboratório de ciências sociais computacionais. Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Goiás (UFG) na linha de pesquisa Mídia e Cultura. Graduado em Comunicação Social/Jornalismo, com especialização em Assessoria de Comunicação e Marketing. É Técnico Administrativo em Educação, no cargo de jornalista, na Secretaria de Comunicação da UFG, onde também já atuou como Diretor de Jornalismo. Alia pesquisa acadêmica e prática profissional nas seguintes áreas: comunicação da ciência, divulgação científica, jornalismo científico, processamento de linguagem natural e comunicação organizacional. Integra o Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT) e o Grupo de Pesquisa Ciência, Comunicação e Sociedade, do CNPq. É membro do Network for the Public Communication of Science and Technology (PCST Network). Atuou por sete anos como repórter da TV Record, passando pelas redações da emissora em Goiânia, São Paulo e Brasília, e como repórter de rede em Campo Grande. Foi produtor da TV Anhanguera (afiliada da Rede Globo em Goiás). Também possui experiência em redações de jornais como repórter e editor das áreas de Economia, Cidades e Educação, além de ter atuado como assessor de imprensa em órgãos públicos e empresas privadas.

Texto: Comunicação Setorial da Fapeg
Fotos:
Confap e Fapeg

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