Parcerias entre CNPq e IEL irão fomentar projetos de inovação
O fomento à inovação é um dos pilares da missão institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A afirmação foi enfatizada pelo diretor de Cooperação Institucional do Conselho, José Ricardo de Santana, ao apresentar as inciativas da agência que promovem a parceria entre academia e empresas durante a reunião de superintendentes Regionais do Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
O encontro aconteceu nesta terça-feira, 26, no dia seguinte em que IEL e CNPq assinaram acordo de cooperação para a implantação do Programa Inova Tec, de concessão de bolsas de Iniciação Tecnológica para a Inovação. A assinatura aconteceu na sede do CNPq, em Brasília, e foi feita pelo presidente do CNPq, Mario Neto Borges, e o superintendente do IEL Nacional, Paulo Mól. “A inovação é um dos eixos prioritários da minha gestão e é imprescindível para o desenvolvimento do país”, afirmou Mario Neto.
No início do mês, as duas instituições já haviam assinado outros acordos para iniciativas de aprimoramento da integração entre as instituições que apoiam a inovação na indústria e criar mecanismos que permitam às empresas manter seus projetos de inovação.
Na reunião com os superintendentes, José Ricardo ressaltou que a aproximação do CNPq com o IEL tem intensificado bastante e que as novas parcerias criam a perspectiva de um cenário mais otimista para a cultura inovadora do país. “Colocamos alguns desafios e o IEL apresentou as propostas”, afirmou Ricardo.
O diretor apresentou as ações que o CNPq mantém no âmbito da inovação, ressaltando os programas dos Institutos Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) e Start-Up, além do Chamamento às empresas para apresentarem propostas de parcerias do Comitê de Negociação e Relacionamento Institucional (CORI).
Além disso, José Ricardo apresentou as inciativas de formação de recursos humanos tais como o Programa de Doutorado Acadêmico Industrial – cuja primeira tese foi defendida em agosto deste ano -, a Bolsa Jovem Talento – criada no programa Ciência sem Fronteiras e reeditada este ano com foco na inovação – os programas ALI e RHAE e as bolsas de iniciação em desenvolvimento tecnológico e inovação (PIBITI).
Por fim, foram apresentados os detalhes das novas parcerias, em especial o Inova Tec. José Ricardo lembrou que o diferencial do Inova é apoiar um projeto a partir da demanda das empresas na busca de soluções específicas. “Muitos programas até então partiam das demandas acadêmicas, desenvolvidas em parceria com as empresas”, explicou.
Essa característica do programa foi também ressaltada por Paulo Mól, apontando que a diferença do Inova Tec com o programa Inova Talentos já existente é que, agora, serão beneficiados alunos de graduação, com as bolsas do CNPq. “Queremos incentivar a cultura da inovação. Enquanto os jovens estão na graduação, tem pouco contato com o mundo empresarial. E esse contato faz toda a diferença”, defendeu.
Além disso, Mól lembrou que o Inova Tec inclui um novo ator muito importante nos projetos, o professor, que também receberá um auxílio financeiro. “As empresas terão que, necessariamente, mobilizar a academia, indicando não só o que fazer, mas com quem fazer”, finalizou.
A chamada do programa deve ser divulgada no início de outubro e a previsão é a de que os projetos aprovados tenham início do primeiro trimestre de 2018.