Parcerias com Reino Unido buscam melhoria do desempenho bioeconômico do nitrogênio nas lavouras
As parcerias Reino Unido-Brasil, Reino Unido-Índia e Reino Unido-China irão trabalhar nos próximos três anos para otimizar o aproveitamento do nitrogênio na produção agrícola. No País, o projeto foi aprovado pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap); e, ligados ao governo do Reino Unido, o Conselho de Pesquisa em Ciências Biológicas e Biotecnologia (BBSRC – sigla em inglês) e a Fundação Newton.
Os estudos para aumentar o conhecimento e tornar técnicas relacionadas ao nitrogênio mais eficientes irão abranger diversas culturas, como milho, arroz, feijão e trigo. Os trabalhos serão conduzidos em casas de vegetação, laboratórios e no campo, em lavouras sob sistema de produção em plantio direto, consórcio e integração lavoura e pecuária. Serão investigados particularmente os processos de interação entre o nitrogênio, a matéria orgânica e as plantas em localidades de clima temperado e tropical.
O nitrogênio é considerado um dos macronutrientes mais caros e importantes para o crescimento e formação de grãos nas plantas. Geralmente, é utilizado nas formas de sulfato de amônio e ureia e sofre perdas estimadas em torno de 50%, devido à lixiviação e volatilização, ou seja, pode acarretar impacto negativo ao ecossistema, além de intensificar as emissões de óxido nitroso, um dos gases de efeito estufa.
A pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Mellissa Ananias Soler da Silva, líder do projeto no Estado de Goiás, destacou o aspecto colaborativo dessa iniciativa. “É um projeto em rede que reúne profissionais com formações diversas, na área de solos, em fisiologia vegetal e ciências ambientais. Trata-se de uma pesquisa, cuja estratégia é a intensificação sustentável, que promove o aumento na eficiência do uso de nitrogênio, com melhores resultados ambientais, mitigando os efeitos do N reativo liberado, sendo que as implicações no desenvolvimento das culturas e na produção de alimentos são o foco do projeto NUCLEUS”, disse Mellissa Soler.
Essa pesquisa conta com a parceria da Universidade de Nottingham e Universidade Rothamsted (Inglaterra), Universidade de Bangor (País de Gales), Universidade de Aberdeen (Escócia), Universidade Estadual Paulista, Universidade de São Paulo, Universidade do Oeste Paulista, Instituto Agronômico de Campinas, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Universidade Estadual do Maranhão, Universidade Federal de Goiás, Instituto Federal Goiano e Embrapa Arroz e Feijão.
Fonte: Embrapa Arroz e Feijão.