Novos experimentos apontam soluções à pandemia

No fluxo das inovações no combate ao novo Coronavírus, o que não faltam são iniciativas no âmbito da pesquisa e da extensão no Instituto Federal Goiano (IF Goiano). Esta semana, o Campus Trindade foi destaque em rede nacional ao apresentar uma nova técnica que promete multiplicar por até quatro a capacidade de respiradores utilizados no tratamento de pacientes do novo coronavírus. O experimento já foi testado em dois pulmões artificiais simultâneos e aguarda validação do Ministério da Saúde para uma possível utilização em pessoas.

De acordo com os pesquisadores, o uso da técnica não requer nenhuma alteração no respirador, apenas uma associação de conexões na tubulação que vai em cada paciente. Na fase de testes, os professores conectaram um pulmão simulado a um respirador e fizeram as medidas. Em seguida, acrescentaram outro, e as medidas indicadas no aparelho mantiveram-se constantes.

O professor do Campus Trindade Geovanne Furriel, contudo, considera que há particularidades a considerar. Ele explica que a técnica é recomendada somente em um cenário crítico, em que teoricamente não haveria mais respiradores suficientes no país. Os pacientes que os utilizassem precisariam ter, por exemplo, perfis físicos próximos, como peso e altura, além de demanda respiratória semelhante, avaliada por meio de exames clínicos.

Além do professor Geovanne, o grupo de pesquisa é integrado pelos docentes Márcio Rodrigues Cunha, Luiz Eduardo Bento e Wesley Pacheco Calixto, do Campus Senador Canedo e Sérgio Botelho de Oliveira, gerente de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do Campus Goiânia. Os testes na capital foram acompanhados pela pesquisadora Andreya Pereira Furriel, pneumologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Descontaminação

Além dos respiradores, o Campus Trindade, juntamente com essas instituições, está desenvolvendo um sistema de descontaminação de objetos por meio de luz ultravioleta. O grupo criou uma esteira e uma luminária de mão (foto abaixo) para ajudar nesta tarefa, que poderá vir a ser útil em unidades de saúde e hospitais. Na China e na Europa, o uso da luz ultravioleta já está sendo utilizado para a descontaminação das unidades hospitalares.

 

Os dispositivos usam lâmpadas de 36w com 254 nanômetros de comprimento de onda. Essas especificações já são conhecidas há muito tempo por suas propriedades de esterilização. Os protótipos estão prontos, mas ainda são necessários testes para avaliar, por exemplo, por quanto tempo os objetos precisam ficar expostos para a eliminação completa do coronavírus. Para tanto, os pesquisadores contam com a parceria de algum laboratório que se disponha a fazer essa testagem. “No momento todos os que procuramos estão ocupados com as testagens da doença”, explica Geovanne.

Proteção – Em outra frente de trabalho, o laboratório de Automação Industrial do Campus Trindade, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), já iniciou a produção de itens para a confecção de máscaras faciais para proteger profissionais de saúde. Para tanto, o campus adquiriu seis impressoras 3D, que estão trabalhando 24 horas por dia nessa demanda. As máscaras tiveram a qualidade validada pelo Hospital das Clínicas da UFG. O primeiro lote deve ser entregue nos próximos dias a profissionais da Vila São Cotolengo, situada no município. O professor responsável pela produção no IF Goiano, Cleber Ganzaroli, lembra que a Instituição dispõe dos equipamentos, mas precisa da doação de insumos e produtos de higienização para continuar com o trabalho.

Fonte: Diretoria de Comunicação Social e Eventos. Com informações do IFG – Campus Senador Canedo e Olhar Digital

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