No centenário da ABC, ministra pede união pelo futuro da ciência brasileira

Ministra Emília Ribeiro discursa na Reunião Magna em comemoração aos cem anos da Academia Brasileira de Ciências.
Foto: Ascom/MCTI.

A ministra em exercício da Ciência, Tecnologia e Inovação, Emília Ribeiro, convocou cientistas e pesquisadores a se unirem pelo futuro do Brasil. Em evento de comemoração pelo centenário da Academia Brasileira de Ciências (ABC), a ministra ressaltou o papel da academia no desenvolvimento científico do país e defendeu a parceria com o governo e setor privado em prol dos avanços da ciência brasileira.

“Eu espero que nós possamos nos aproximar mais. O ministério não está distante das academias e instituições. Peço que a ciência se una para ter mais espaço e mais recursos para esse país. Se a ciência não se unir vai se dividir ainda mais”, disse Emília Ribeiro na abertura da Reunião Magna da ABC, realizada nesta terça-feira, dia 3, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

No discurso, ela destacou a importância das ações de divulgação e popularização da ciência. “Nós colocamos o navio Vital de Oliveira atracado aqui para mostrar à população como o governo trata a ciência. O MCTI tem por obrigação fazer a interação com os governos federal, estadual e municipal para atingir a ponta, traçando políticas públicas para isso”.

A ministra ressaltou ainda o papel da ABC na elaboração de estudos e pesquisas em benefício da sociedade. “Hoje, estamos vivendo um momento muito importante para o país. A Academia Brasileira de Ciências está fazendo 100 anos. Isso representa 100 anos de estudos profundos e bastante intensos com relação a várias áreas do conhecimento. Temos um espaço internacionalmente conhecido. A ABC participa com o MCTI em várias trabalhos. Tem dado uma contribuição enorme para vários projetos e planejamentos que nós temos. Eu espero que nesses próximos 100 anos nós tenhamos a mesma oportunidade de ver os bons frutos da ciência.”

Mensagem presidencial
A presidenta Dilma Rousseff enviou mensagem oficial pelo centenário da ABC. No documento, Dilma salientou que a academia foi responsável pela criação de instituições imprescindíveis para o desenvolvimento da CT&I no país. “A ABC é uma instituição que orgulha a todos os brasileiros e que nestes 100 anos de existência tem mobilizado cientistas e pesquisadores em atividades importantes em favor da nação. São frutos da atuação dessa academia agências públicas de fomento como CNPq, Capes e a Finep, centrais em nosso esforço para estimular o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação”, escreveu.

Para o presidente da ABC, Jacob Palis, a característica da academia é a renovação. “Nesses nove anos me considero muito feliz. Junto com a diretoria e os acadêmicos, realizamos com muita garra e alegria. É hora de mudanças. São mudanças que fazem a academia renovar-se mantendo-se moderna mesmo depois de tanto tempo”, afirmou.

O sucessor de Jacob Palis na presidência da ABC é o físico Luiz Davidovich, que tomará posse em cerimônia nesta quarta-feira, dia 4.

Selo comemorativo
Durante o evento, foi lançado pelos Correios um selo comemorativo com tiragem de 360 mil exemplares já disponíveis no país. “Por meio desta edição comemorativa, o Correios homenageia a trajetória da ABC em um século de desenvolvimento para o país”, afirmou o diretor regional dos Correios, Everton Machado.

A ministra Emília Ribeiro e o ex-presidente da ABC, Jacob Palis, fizeram a obliteração com o selo e o carimbo comemorativos. A obliteração é um ritual realizado nos lançamentos de selos personalizados, em que a autoridade carimba um cartão, que depois será conservado no Museu dos Correios.

O presidente do CNPq, Hernan Chaimovich, a presidente da SBPC, Helena Nader, o secretário de Ciência do Estado do Rio de Janeiro, Gustavo Tutuca, o presidente da Faperj, Augusto Raupp, e o gestor do Museu do Amanhã, Ricardo Piquet, também compuseram a mesa durante a solenidade.

Fonte: MCTI.

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