Mestrado da PUC Goiás inicia treinamento para utilização de estação de imagem hiperespectral
A PUC Goiás é a primeira instituição do Centro-Oeste a ter a SisuCHEMA, estação de imagem hiperespectral que atenderá pesquisas integradas dentro da universidade e com instituições parceiras. O equipamento integra o Laboratório Avançado de Processamento de Imagem (Lapim), em implantação no Mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas da universidade.
Nesta quarta-feia, 17, um grupo de cerca de 20 pesquisadores iniciou o treinamento para a utilização da estação, acompanhados do dr. Mathieu Marmion, da Specim (Finlândia), empresa responsável pela tecnologia. O trabalho continua amanhã, durante todo o dia. Em ritmo intenso e descontraído, o pesquisador francês, que atua hoje na Finlândia, explicou ao grupo as principais características e o potencial da estação. Sobre a experiência, afirmou estar “muito feliz” pela experiência.
Inovação e integração
Acompanhado todo o treinamento, o coordenador do Lapim, prof. dr. Clarimar Coelho, destacou a importância da estação. “Ela aplica-se em diferentes áreas do conhecimento, como a medicina, a genética, as engenharias, a química, a antropologia etc. A ideia é que pesquisadores de diferentes áreas nos acompanhem”, frisou. No próprio treinamento, a ideia já foi implementada: pesquisadores de diversos cursos da PUC Goiás, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foram integram o grupo. “A ideia de convidar pesquisadores de fora da PUC surgiu, na verdade, a partir do encontro que tivemos no Researcher Connect realizado aqui, no ano passado”, lembra Coelho.
O programa Researcher Connect é desenvolvido por meio de edital promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), no âmbito do Fundo Newton, dentro da parceria estabelecida entre o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e o British Council. É composto por uma série de cursos de curta duração voltados para pesquisadores em todos os estágios da carreira acadêmica e de todas as áreas do conhecimento.
Segundo o professor, a intenção é que a primeira pesquisa realizada com o novo equipamento tenha como foco o câncer de pele. “Vai contribuir muito porque, com a estação, posso ver os elementos químicos (assinatura espectral) da amostra”, explica.
Para o coordenador do mestrado, prof. dr. Ricarco Luiz Machado, a estação deixará as pesquisas Goianas mais competitivas em nível nacional e internacional. “Ela representa para a pesquisa um diferencial muito grande pelo alcance de resultados. As pesquisas terão resultados de muito mais qualidade e alcance de divulgação e impacto científico”, destacou. Segundo ele, apesar de o equipamento ser utilizado em outras partes do mundo, a nossa região tem especificidades que podem ser objetos de pesquisa.
O coordenador também lembra que a instalação do equipamento que, no total, levou um ano e meio e teve financiamento da Finep, em esforço interdisciplinar dentro da universidade. “Foi um esforço multidisciplinar e podemos colher muitos frutos. É um marco para o nosso programa, mas também para a pesquisa na nossa universidade”.
Fonte: PUC Notícias.