Lançada a 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista
Foi assinado nesta terça-feira, dia 24, termo de cooperação entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Fundação Roberto Marinho, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Banco do Brasil, para a realização da 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista. A presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Maria Zaira Turchi, também esteve presente na solenidade. O Confap foi convidado a participar da premiação, cujas inscrições serão abertas no próximo ano.
O tema da 29ª edição será “Inovações para a conservação da natureza e transformação social”. Cinco categorias são premiadas: Mestre e Doutor; Estudante do Ensino Superior; Estudante do Ensino Médio, Mérito Institucional e Mérito Científico para um pesquisador doutor que, em sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição.
A consolidação da parceria aconteceu com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações, Gilberto Kassab, que ressaltou a importância de incentivar os jovens a fazer ciência. “Não há nenhuma hipótese de um país superar a crise, em especial na questão econômica, se não tiver um investimento muito grande em ciência”, afirmou o ministro.
Para o presidente do CNPq, Mário Neto Borges, o prêmio faz diferença para o país pela abrangência e investimento nos jovens. “É a juventude que pode trazer mais energia, criatividade e soluções para os problemas brasileiros.” Segundo ele, as edições do prêmio já mostraram que o talento está em qualquer lugar do Brasil e abrange todos os gêneros.
Mário Neto Borges citou exemplos de vencedores de edições anteriores do prêmio, alguns deles com carreiras de sucesso no exterior, e suas contribuições para a ciência. “Esse prêmio é o motor de dois pilares muito importantes para o país: a geração de riqueza e a resolução de problemas. É no jovem cientista que está o talento e a oportunidade para mudar o Brasil”.
O secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Guimarães Barreto Filho, destacou a importância do tema desta 29ª edição do prêmio, que busca inovações para conservação da natureza e transformação social. “O prêmio é uma possibilidade de oferecer universos de pesquisa e estimular o jovem a entender que a ciência não é só um ‘hobby’ momentâneo, mas um caminho de inserção e ascensão social”.
O presidente do Conselho Curador da Fundação Grupo Boticário, Miguel Krigsner, reforçou que o principal objetivo da parceria é apoiar o jovem cientista, que muitas vezes não tem o mínimo recurso para seu desenvolvimento. Já o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade, ressaltou que o Prêmio Jovem Cientista é um descobridor de talentos desde 1981 e citou outras iniciativas do ministério que têm o mesmo objetivo, como a Olimpíada Brasileira de Matemática.
Para o presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffareli, é uma obrigação do país e das empresas se envolverem em um projeto como o Jovem Cientista. “Temos de ter parcerias que possam fazer com que o Brasil consiga projetar seus talentos, principalmente aqueles de regiões menos favorecidas, que não têm o devido apoio”.
O Prêmio
Instituído em 1981, o Prêmio Jovem Cientista tem o objetivo de revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram soluções inovadoras para os desafios da sociedade. Considerado um dos mais importantes reconhecimentos aos cientistas brasileiros, o prêmio apresenta, a cada edição, um tema importante para o desenvolvimento científico e tecnológico, que atenda às políticas públicas e seja de relevância para a sociedade brasileira.
A gerente de Meio Ambiente da Fundação Roberto Marinho, Georgia Pessoa, ressalta que o Prêmio Jovem Cientista reconhece a importância da pesquisa científica e da inovação para o desafio de construir um país mais justo e sustentável, com melhor qualidade de vida para todos. “Nesse sentido, parcerias como as que firmamos para esse prêmio, realizado desde 1981, precisam ser mantidas e ampliadas, para que nossos jovens pesquisadores prossigam na missão de encontrar soluções para os desafios de hoje e os de amanhã”, afirma.
Umas das novidades desta edição do Prêmio é a parceria com o Banco do Brasil e o Grupo Boticário. “Para nós do BB, investir em pesquisa é fundamental. Ao fazer isso, estamos investindo nos nossos talentos, nos pesquisadores que estão construindo o futuro. Acredito que o prêmio será um grande fornecedor de inovação para indústria financeira também”, destaca Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil.
Segundo o presidente do Conselho Curador da Fundação Grupo Boticário, Miguel Krigsner, também um novo parceiro do Prêmio, a Fundação atua para que a conservação da natureza ganhe relevância na sociedade e que esteja integrada na tomada de decisão dos diversos setores, investindo há quase 30 anos em pesquisas na área. “Disseminamos novas soluções e estratégias de conservação, compartilhamos conhecimento, firmamos parcerias e engajamos pessoas. Nosso apoio ao Prêmio Jovem Cientista é uma dessas parcerias, na qual estamos incentivando a conservação entre os jovens para que eles levem essa prática para o futuro”, completa.
Conheça as linhas de pesquisa
Na 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, estudantes do ensino superior, mestres e doutores poderão inscrever trabalhos relacionados a uma das seguintes linhas de pesquisa:
1. Benefícios socioeconômicos gerados por unidades de conservação e demais áreas protegidas
2. Biodiversidade, serviços ecossistêmicos e bem-estar humano
3. Empreendedorismo e modelos de negócios para a inclusão digital e uso sustentável de recursos naturais
4. Incentivos econômicos para a conservação e o uso sustentável da natureza
5. Inovações para a conservação e o uso sustentável da natureza
6. Inovações para a inclusão digital da sociedade brasileira
7. O papel da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos na adaptação às Mudanças do Clima
8. Práticas inovadoras em educação, comunicação e divulgação sobre biodiversidade
9. Produção e consumo ambientalmente sustentáveis
10. Tecnologias digitais para transformação social
11. Tecnologias para incentivar a prática de economia colaborativa e sustentável.
Já na categoria Ensino Médio, poderão ser inscritos trabalhos relacionados a uma das seguintes linhas de pesquisa:
1. Comunicação e mobilização para a valorização de áreas protegidas
2. Empreendedorismo e soluções locais para a conservação e o uso sustentável da natureza
3. Inovações para a conservação da natureza e o uso sustentável no ambiente escolar
4. Práticas inovadoras em educação ambiental e conservação da natureza
5. Tecnologias digitais para a conservação da natureza
6. Tecnologias digitais para transformação social
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq, com acréscimos