Inovação, agenda nacional de pesquisa e internacionalização são focos do último dia do Fórum do Confap

Reunião do Confap, em Maceió.
Foto: Ascom FAPEG.

As atividades do último dia do Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) foram marcadas pela discussão de temas como inovação, nova agenda nacional de pesquisa, marco legal para a Ciência, Tecnologia e Inovação e parcerias internacionais. O evento, que foi realizado entre 12 e 13 de novembro em Maceió, Alagoas, reuniu presidentes e representes de FAPs de todo o Brasil, incluindo a presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg) e vice-presidente do Confap, Maria Zaira Turchi.

No início da manhã foi discutida a criação de mestrado profissional em rede nacional para Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia. A presidente do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Tranferência de Tecnologia (Fortec), Cristina Quintella, fez uma breve explanação à respeito dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) que existem no Brasil. “O Brasil possui 264 NITs, entre públicos e privados, e apenas 166 deles estão em funcionamento”, ressalta Cristina ao explicar a grande necessidade de investimento nesta área para que seja desenvolvida uma maior quantidade de tecnologia nacional. Ela ainda discorreu sobre os editais de NITs abertos e solicitou aos presidentes de FAPs que se esforcem em lançar editais de fomento a NITs.

Para o professor da Universidade Federal de Alagoas e membro do Fortec, Josealdo Tonholo, o brasileito tem competência em fazer teses, escrever, mas não em colocar suas ideias no mercado. “Existe muito conhecimento engavetado nas universidades. Precisamos de pessoas que tenham qualificação para fazer uma ponte entre a indústria e a universidade”, explica ele ao falar sobre a criação do novo mestrado profissional. “O curso já foi aprovado pela Capes e é capitalizado pelo Ministério da Educação com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e de diversas outras instituições”.

Agenda Nacional de Pesquisa
Em mesa redonda voltada para o tema da nova agenda nacional de pesquisa, os presidentes das Faps puderam discutir questões como objetivos, desafios e constribuições ao desenvolvimento científico e tecnológico que essa agenda deve abordar. O membro da Comissão Nacional Especial de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação e coordenador da Agenda Nacional de Pesquisa, Paulo Barone, explanou sobre a evolução do Plano Nacional e a estruturação desta agenda de pesquisa.

Para ele, o crescimento econômico do Brasil deve passar primeiro pela melhoria da formação básica do brasileiro. “Não seremos uma potência na economia sem a melhoria na formação básica”. Paulo Barone afirma que tem-se visto atualmente no Brasil um forte crescimento na pós-graduação e que a meta é formar 25 mil doutores por ano. Mas ele questiona: “Atingirmos essa meta vai resultar de um crescimento vegetativo de nossos programas ou de um esforço mais cuidadoso de planejamento?”. Para ele, a indução terá uma papel muito importante para que a meta seja atingida, mas que exige-se um planejamento para que esse conhecimento seja aproveitado pela sociedade.

Presidente e vice-presidente do CONFAP, Sergio Gargioni e Zaira Turchi.
Foto: Ascom FAPEG.

Internacionalização
No período vespertino, os participantes do Fórum tiveram a oportunidade de discutirem novas possibilidades de acordos internacionais e de fazerem um balanço de atuais missões internacionais realizadas por membros do Confap. A representante da Fundação Bill & Melinda Gates, Maria Paola de Salvo, realizou uma breve explanação sobre o histórico e os projetos da Fundação. “Desde 2011, quando se firmaram parcerias com as FAPs brasileiras, foi aumentado em em 150% o número de projetos enviados à Fundação”, salientou.

O presidente da Fundação Araucária, Paulo Brofman, que representou o Confap em evento realizado na China sobre o programa Grand Challenges da Fundação Bill & Melinda Gates, apresentou os resultados da missão e explicou a importância da parceria.

Para a presidente da Fapeg, Zaira Turchi, que chegou recentemente de missão internacional à Europa, o Confap tem mostrado à comunidade europeia, em seus vários seguimentos, que está trabalhando e, com isso, o Conselho está criando novas oportunidades devido à sua força e capilaridade. Ela ainda abordou o programa Horizon 2020, que está com oportunidades abertas e que devem ser aproveitadas ao máximo pelas FAPs. “Aos poucos estamos construindo uma parceria forte com diversas instituições internacionais. E é bom ressaltarmos que não estamos negligenciando as questões nacionais, que parcerias tanto nacionais quanto internacionais são movimentos simultâneos que geram ainda mais oportunidades para nossos pesquisadores”, completa Zaira.

Fapeal
A anfitriã desta edição do Fórum do Confap foi a Fapeal, que comemora 25 anos de criação. As atividades do Fórum foram encerradas no período noturno em uma homenagem promovida pela Fundação a 25 personalidades relevantes para sua história.

Assessoria de Comunicação Social da FAPEG.

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